Mello explora enfermeiros

No novo Hos­pital de Braga, in­se­rido na rede pú­blica mas cons­truído em re­gime de par­ceira pú­blico-pri­vada, com gestão en­tregue ao Grupo José de Mello, cerca de 130 en­fer­meiros que du­rante anos es­ti­veram con­tra­tados a prazo e de­ve­riam ter um vín­culo de tra­balho em fun­ções pú­blicas, ter­minam de­pois de amanhã os con­tratos e estão con­fron­tados com con­di­ções de agra­va­mento da ex­plo­ração do seu tra­balho.

Se­gundo o Sin­di­cato dos En­fer­meiros Por­tu­gueses, que tem pro­mo­vido ac­ções pú­blicas a de­nun­ciar esta si­tu­ação e na se­gunda-feira expôs o pro­blema ao de­pu­tado do PCP no dis­trito, Agos­tinho Lopes, o Go­verno pro­telou a so­lução para os vín­culos pre­cá­rios, de tal forma que, agora, os pro­fis­si­o­nais de en­fer­magem são ati­rados para o re­gime de con­trato in­di­vi­dual de tra­balho.

Isto con­fi­gura uma dis­cri­mi­nação, porque o Go­verno não aplicou na Lei 12-A/​2008 a di­rec­tiva da UE que transpôs para o Có­digo do Tra­balho, im­pondo a efec­ti­vação dos con­tra­tados a termo após três re­no­va­ções e três anos. Mas o SEP/​CGTP-IN acusa o Mi­nis­tério da Saúde de, en­quanto as­sume com os sin­di­catos que os en­fer­meiros terão um ho­rário de 35 horas se­ma­nais, per­mitir que o Grupo Mello im­ponha 40 horas, com efec­tiva re­dução da com­pen­sação paga pelas horas de maior pe­no­si­dade e risco.

Numa pro­fissão pre­do­mi­nan­te­mente fe­mi­nina, o Go­verno ad­mite que a en­fer­meiras que es­ti­veram de baixa, no ano pas­sado, por gra­videz de risco, seja agora ne­gada a pos­si­bi­li­dade de con­ti­nu­arem a tra­ba­lhar, ainda que com con­trato in­di­vi­dual.



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