Nas empresas rodoviárias

PCP apela à luta por salários dignos

O PCP está a apelar aos tra­ba­lha­dores das em­presas de trans­porte ro­do­viário de pas­sa­geiros da re­gião de Lisboa para que lutem de forma or­ga­ni­zada pelo au­mento dos sa­lá­rios.

Quatro em­presas ro­do­viá­rias re­ce­beram do Es­tado 19 mi­lhões de euros

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Num fo­lheto des­ti­nado aos tra­ba­lha­dores deste sector, o PCP acusa o pa­tro­nato, or­ga­ni­zado na sua as­so­ci­ação, de «in­sen­si­bi­li­dade e falta de con­si­de­ração pe­rante aqueles que todos os dias tra­ba­lham nas suas em­presas, bem como todos aqueles que re­correm aos seus ser­viços». Exemplo disto é a ten­ta­tiva de im­ple­men­tação de ho­rá­rios efec­tivos de tra­balho de 13 horas. Na opi­nião do PCP, o que o pa­tro­nato do sector pre­tende é «mais fle­xi­bi­li­zação, mais li­be­ra­li­zação, menos di­reitos para quem tra­balha – no fundo, mais ex­plo­ração».

Num outro co­mu­ni­cado, dis­tri­buído aos tra­ba­lha­dores da Ro­do­viária de Lisboa, o PCP lembra a re­cusa da ad­mi­nis­tração em pro­ceder a au­mentos sa­la­riais e a ten­ta­tiva de im­ple­mentar cinco horas de «des­canso» ou «in­ter­valo», para que os tra­ba­lha­dores fi­quem, na prá­tica, ao ser­viço da em­presa du­rante 13 horas, ou seja, du­rante pra­ti­ca­mente todo o dia (e sem pa­ga­mento ex­tra­or­di­nário). Ambas as me­didas re­velam «a que ní­veis de ex­plo­ração estes “se­nhores” nos querem con­duzir». Nesse co­mu­ni­cado re­corda-se ainda os re­centes au­mentos no preço dos trans­portes pú­blicos, em al­guns casos na ordem dos cinco por cento.

Nos dois do­cu­mentos, o PCP chama a atenção para o des­pacho do Go­verno de 18 de Agosto, que es­ti­pula o mon­tante das cha­madas «in­dem­ni­za­ções com­pen­sa­tó­rias» pelo passe so­cial, a pagar pelo Es­tado às em­presas do sector. Estas atingem, em quatro em­presas da re­gião – Ro­do­viária de Lisboa, Trans­portes Sul do Tejo, Vi­meca e Scot­turb –, cerca de 19 mi­lhões de euros, quase 8 mi­lhões dos quais para a pri­meira.

Se para as em­presas há este di­nheiro todo, para os tra­ba­lha­dores «a res­posta é sempre a mesma: não há di­nheiro». Se­gundo os co­mu­nistas, só há uma forma para in­verter esta si­tu­ação. Através da mo­bi­li­zação, da união, pela mar­cação e adesão a todas as formas de luta ne­ces­sá­rias.



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