Problemas avolumam-se

Na úl­tima reu­nião da Câ­mara de Coimbra, re­a­li­zada no pas­sado dia 22, Fran­cisco Queirós trans­mitiu ao exe­cu­tivo as re­cla­ma­ções dos mu­ní­cipes re­si­dentes na Es­trada de Eiras, re­la­tivas às fre­quentes per­tur­ba­ções de­cor­rentes do trans­bordo das águas plu­viais que atra­vessam pela vala ali exis­tente e que, sempre que chove mais in­ten­sa­mente, inundam quin­tais e pá­tios de ha­bi­tação.

As águas trans­bor­dantes, se­gundo o eleito do PCP, «são acom­pa­nhadas de de­tritos di­versos de di­mensão con­si­de­rável, no­me­a­da­mente pe­dre­gu­lhos, es­gotos e de­ter­gentes, o que pa­rece con­fi­gurar algum uso in­de­vido ou even­tual desvio da rede de sa­ne­a­mento, o que não de­veria con­fluir com a rede de águas plu­viais».

Fran­cisco Queirós alertou ainda para o agra­va­mento das ques­tões so­ciais do con­celho. «As po­lí­ticas dos su­ces­sivos go­vernos e fun­da­men­tal­mente os PEC's, os cortes já ve­ri­fi­cados nas pres­ta­ções so­ciais (ren­di­mento so­cial de in­serção, sub­sí­dios de de­sem­prego, abonos de fa­mília, etc.) e o que se anuncia para o início de 2011 com o novo Or­ça­mento de Es­tado tornam as si­tu­a­ções exis­tentes muito mais dra­má­ticas e fazem crescer ex­po­nen­ci­al­mente os casos de po­breza e de ca­rência a di­versos ní­veis», sa­li­entou, lem­brando que «os pe­didos de ha­bi­tação crescem» e os «des­pejos de mu­ní­cipes por in­cum­pri­mento do pa­ga­mento de rendas de­vido a in­sol­vência eco­nó­mica au­mentam».

Por outro lado, de­nun­ciou, «as cri­anças das es­colas pú­blicas do con­celho que agora são con­si­de­radas alunos ca­ren­ci­ados atingem os 36 por cento da po­pu­lação es­colar, quando ainda há dois anos eram apenas 20 por cento». «Este quadro de agra­va­mento sig­ni­fi­ca­tivo das si­tu­a­ções de ca­rência, em cuja teia caem já novas si­tu­a­ções de po­breza (en­ver­go­nhada) de ci­da­dãos e fa­mí­lias que tra­ba­lham mas não con­se­guem so­bre­viver com o mí­nimo de dig­ni­dade, traduz-se num corte cres­cente de si­tu­a­ções graves de ca­rência ali­mentar - ou seja, fome - e ha­bi­ta­ci­onal e impõe, em ab­so­luto, novas so­lu­ções in­te­gradas de res­posta cé­lere dos di­versos ser­viços do mu­ni­cípio, em ar­ti­cu­lação com as ins­ti­tui­ções e en­ti­dades que devem in­tervir ou estão vo­ca­ci­o­nadas para a in­ter­venção so­cial», acres­centou Fran­cisco Queirós.

 



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