Apelo nos transportes e comunicações

Intensificar a luta

Sau­dando o im­por­tante con­tri­buto dado pelos tra­ba­lha­dores dos trans­portes e das co­mu­ni­ca­ções para o su­cesso da greve geral, a Fec­trans/​CGTP-IN apelou à con­ti­nu­ação da luta, nas em­presas pú­blicas e pri­vadas.

A uni­dade deve re­forçar-se nos lo­cais de tra­balho

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Num co­mu­ni­cado de 30 de No­vembro, a Fe­de­ração dos Sin­di­catos dos Trans­portes e Co­mu­ni­ca­ções (Fec­trans/​CGTP-IN)  con­si­derou que, «de­pois da greve geral, a luta con­tinua», nos res­pec­tivos lo­cais de tra­balho, contra os cortes sa­la­riais, pre­vistos no Or­ça­mento do Es­tado apro­vado pelo PS, com o PSD. A fe­de­ração con­trapõe a exi­gência de uma justa ac­tu­a­li­zação sa­la­rial e afirma que «com­pete agora aos tra­ba­lha­dores tor­narem  essa pos­si­bi­li­dade em re­a­li­dade, através da luta em cada uma das em­presas».

Con­si­de­rando o Or­ça­mento do Es­tado apro­vado como um «ins­tru­mento que serve o ob­jec­tivo de au­mentar a ex­plo­ração de quem tra­balha», a fe­de­ração sa­li­entou que, da parte dos tra­ba­lha­dores, «a res­posta só pode ser uma – di­na­mizar a acção e a luta em de­fesa da con­tra­tação co­lec­tiva, que é um di­reito con­quis­tado que tem de ser efec­tivo e alar­gado a todas as em­presas».

Ac­tu­al­mente, a Fec­trans tem-se des­do­brado em con­tactos com os tra­ba­lha­dores, com o pro­pó­sito de de­finir «ac­ções con­cretas a de­sen­volver em cada em­presa» e ou­tras, que re­sultem em ac­ções sec­to­riais, de forma a «am­pliar a uni­dade e a acção ve­ri­fi­cada na greve geral».

Para a fe­de­ração, a uni­dade na luta será a forma de con­tra­riar in­ten­ções do Go­verno que pre­ju­di­carão tanto os tra­ba­lha­dores como os utentes. A Fec­trans alertou para a in­tenção do Go­verno PS de  re­duzir as in­dem­ni­za­ções com­pen­sa­tó­rias para as em­presas pú­blicas, im­pondo uma re­dução de «custos ope­ra­ci­o­nais» na ordem dos 15 por cento. Desta me­dida re­sul­tarão di­mi­nui­ções na oferta de ser­viços, au­mentos das ta­rifas e uma «con­se­quente re­dução dos postos de tra­balho». O ace­le­ra­mento dos pro­cessos de pri­va­ti­zação e o anúncio de ou­tros, através de «re­formas es­tru­tu­rais» no sector dos trans­portes, é «outra frente de mo­bi­li­zação e de acção» dos tra­ba­lha­dores.

Com­bater a des­re­gu­la­men­tação dos ho­rá­rios de tra­balho e a pre­ca­ri­e­dade são ou­tras pri­o­ri­dades da luta que a fe­de­ração con­ti­nuará a travar.

 

Forçar o recuo

 

«O Go­verno en­tre­a­briu uma porta que agora os tra­ba­lha­dores devem forçar a abrir, através da luta» con­si­derou, dia 2, o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário, a pro­pó­sito da ten­ta­tiva de úl­tima hora do Exe­cu­tivo PS para des­mo­bi­lizar os tra­ba­lha­dores da greve geral, quando veio ad­mitir a pos­si­bi­li­dade de «abrir ex­cep­ções ao corte de sa­lá­rios nas em­presas pú­blicas e de ca­pi­tais pú­blicos».

O SNTSF/​CGTP-IN também alertou para a in­tenção do Go­verno de re­duzir custos ope­ra­ci­o­nais no sector, em 15 por cento, e de di­mi­nuir as in­dem­ni­za­ções com­pen­sa­tó­rias, «à custa de re­dução da oferta e de postos de tra­balho». Esta si­tu­ação foi já con­fir­mada pela ad­mi­nis­tração na So­flusa. O sin­di­cato re­cordou também como a ad­mi­nis­tração da  CP Carga, ques­ti­o­nada sobre  se as pro­postas que têm feito ga­rantem os postos de tra­balho, res­pondeu ao sin­di­cato com si­lêncio. Para os tra­ba­lha­dores fer­ro­viá­rios, estas são «ra­zões ob­jec­tivas para re­tomar a luta, num quadro de forte uni­dade na acção, como se ve­ri­ficou na greve geral».

 

Bom­beiros re­clamam car­reiras

 

Sau­dando a forte res­posta dada pelos bom­beiros ao Go­verno, na greve geral, o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local con­si­derou fun­da­mental que aqueles pro­fis­si­o­nais pros­sigam a luta pelas suas car­reiras e os seus di­reitos. Num co­mu­ni­cado, o STAL/​CGTP-IN con­si­derou que a forte par­ti­ci­pação de bom­beiros pro­fis­si­o­nais, sa­pa­dores mu­ni­ci­pais ou ao ser­viço das As­so­ci­a­ções Hu­ma­ni­tá­rias de Bom­beiros Vo­lun­tá­rios, no pro­testo geral de 24 de No­vembro, con­firmou a dis­po­sição de con­ti­nu­arem a lutar contra a pro­posta do Go­verno, de cri­ação da car­reira dos bom­beiros pro­fis­si­o­nais, em corpos «de­tidos e man­tidos na de­pen­dência de mu­ni­cí­pios».

Re­cla­mando um «início ur­gente» do pro­cesso ne­go­cial, o STAL afirma a ne­ces­si­dade de con­ti­nu­ação da luta «em prol de uma car­reira digna, que ga­ranta o di­reito ao lazer, à for­mação con­tínua e a uma justa re­mu­ne­ração».

Com este pro­pó­sito, con­tinua a cir­cular um abaixo-as­si­nado de bom­beiros, por uma car­reira que os dig­ni­fique, a ser en­tregue na As­sem­bleia da Re­pú­blica, no dia 17. No dia 3 de Fe­ve­reiro, os bom­beiros vão con­cen­trar-se, em pro­testo, di­ante dos go­vernos civis.



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