A Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto do PCP (DORP) alerta que a ad­mi­nis­tração da So­ci­e­dade de Trans­portes Co­lec­tivos do Porto (STCP), com o apoio do Go­verno, pre­para-se para «subs­ti­tuir tra­ba­lha­dores ex­pe­ri­entes e com di­reitos por tra­ba­lha­dores sem di­reitos e mal re­mu­ne­rados».

Para os co­mu­nistas por­tu­enses, «estas op­ções terão con­sequên­cias na de­gra­dação do ser­viço pú­blico pres­tado à po­pu­lação e in­serem-se no ob­jec­tivo de pro­mover o es­va­zi­a­mento do quadro de pes­soal e a re­dução sa­la­rial dos tra­ba­lha­dores para abrir ca­minho à pri­va­ti­zação».

Em nota pú­blica, a DORP lembra que, desde Junho, vem aler­tando para o facto da ad­mi­nis­tração da STCP se pre­parar para «re­correr ao des­pe­di­mento por mútuo acordo, ul­tra­pas­sando lar­ga­mente o li­mite legal para a ce­le­bração deste tipo de res­ci­sões» vi­sando a en­trega da em­presa à gula pri­vada. Tal si­tu­ação, con­fir­mada por no­tí­cias re­cen­te­mente pu­bli­cadas, acres­centa, «in­sere-se na su­cessão de me­didas as­su­midas pela em­presa há mais de uma dé­cada em ar­ti­cu­lação com os su­ces­sivos go­vernos PSD/​CDS e PS».

«Temos hoje menos e pi­ores ser­viços pres­tados pela STCP, mas custos cada vez mai­ores exi­gidos aos utentes», frisa igual­mente a DORP, su­bli­nhando, ainda, que o PCP não só re­pudia tais ob­jec­tivos como «não acei­tará que, com o ar­gu­mento de novas re­es­tru­tu­ra­ções, pros­sigam com mais uma re­dução da qua­li­dade do ser­viço pres­tado às po­pu­la­ções».