Francisco Lopes e Jerónimo de Sousa no distrito de Setúbal

Colocar Portugal nos caminhos de Abril

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Fran­cisco Lopes par­ti­cipou, no dia 21 de De­zembro, num en­contro com os tra­ba­lha­dores da Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal, onde va­lo­rizou a «obra ex­tra­or­di­nária que é o poder local de­mo­crá­tico» e alertou para o «rumo de de­sastre do País», com o «agra­va­mento das in­jus­tiças so­ciais».

«O en­ten­di­mento entre o PS e o PSD, com o pa­tro­cínio de Ca­vaco Silva, em torno do Or­ça­mento do Es­tado para 2011 é também um ataque ao poder local», acusou, cri­ti­cando os cortes «no in­ves­ti­mento pú­blico» e as «li­mi­ta­ções de verbas para as au­tar­quias lo­cais», que vão mo­tivar «menos ca­pa­ci­dade para res­ponder aos pro­blemas das po­pu­la­ções» e «mais cons­tran­gi­mentos para os di­reitos e ní­veis de re­mu­ne­ração dos tra­ba­lha­dores» que, em Ja­neiro, «vão des­contar mais um por cento para a Caixa Geral de Apo­sen­ta­ções».

A tudo isto, de uma forma mais ge­ne­ra­li­zada, junta-se o au­mento do IVA, que faz crescer os preços «muito acima da in­flação», ou seja, ex­plicou o can­di­dato do PCP: «O poder de compra dos tra­ba­lha­dores por­tu­gueses vai di­mi­nuir dras­ti­ca­mente».

Fran­cisco Lopes con­denou, de igual forma, o con­ge­la­mento nas pen­sões de re­forma e as pro­gres­sões de em­prego, e os cortes nos sub­sí­dios de de­sem­prego, so­cial de de­sem­prego e abono de fa­mília, «em­pur­rando mais tra­ba­lha­dores para a po­breza». «Um dia tomam as me­didas que con­duzem mais tra­ba­lha­dores para a mi­séria. No outro fingem-se pre­o­cu­pados com a si­tu­ação que eles pró­prios pro­vo­caram», sa­li­entou, in­for­mando que no Or­ça­mento para 2011 «não há ne­nhuma me­dida que vá buscar o di­nheiro onde ele existe», aos «lu­cros dos grandes grupos eco­nó­micos» que «con­ti­nuam a au­mentar de uma forma co­lossal».

Sobre o caso do BPN, «onde já foram des­pe­jados quatro mil e 500 mi­lhões de euros», Fran­cisco Lopes deu conta que o Go­verno vai dar mais 500 mi­lhões de euros do erário pú­blico para aquela ins­ti­tuição ban­cária, po­dendo chegar, no total, aos sete mil mi­lhões de euros, «o mesmo que os cortes que PS e PSD estão a fazer no Or­ça­mento e a todos os au­mentos de im­postos para 2011».

Quase a ter­minar, o can­di­dato apoiado pelo PCP alertou para a ne­ces­si­dade de uma mu­dança que «ponha Por­tugal nos ca­mi­nhos de Abril» e que «afirme uma di­nâ­mica pa­trió­tica e de es­querda, ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores, dos pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, dos jo­vens, dos idosos, de todo o povo por­tu­guês».

Si­tu­ação que passa, também, «pelas elei­ções para a Pre­si­dência da Re­pú­blica». «O voto nesta can­di­da­tura é um dever, uma opor­tu­ni­dade, que cada um tem para si­na­lizar a exi­gência de mu­dança, uma ma­ni­fes­tação de pro­testo», disse Fran­cisco Lopes, ape­lando: «Não se calem no dia 23 de Ja­neiro!».

 

A can­di­da­tura está a crescer

 

No mesmo dia, em Se­túbal, numa sessão de con­vívio com apoi­antes de Fran­cisco Lopes, Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou a can­di­da­tura que se sus­tenta «numa de­cisão de um grande co­lec­tivo par­ti­dário: o PCP». «Fran­cisco Lopes está a fazer a parte dele, e con­tará con­nosco no apoio, na in­ter­venção, na ini­ci­a­tiva, no de­bate e no con­fronto», sa­li­entou, acres­cen­tando: «Vai contar não só com os co­mu­nistas, mas com os eco­lo­gistas, com os de­mo­cratas da In­ter­venção De­mo­crá­tica, com muitos in­de­pen­dentes, com muitos por­tu­gueses que estão pre­o­cu­pados com o fu­turo do seu País».

«A can­di­da­tura está a crescer e a an­ga­riar muitos apoios, numa cam­panha que de­monstra que é pos­sível acre­ditar num bom re­sul­tado elei­toral», disse.

Se­gundo afirmou o Se­cre­tário-geral do PCP, re­fe­rindo-se ao Or­ça­mento do Es­tado para 2011, o pró­ximo mês de Ja­neiro vai ter a «marca da po­lí­tica de di­reita», que fus­tiga «bru­tal­mente» os «tra­ba­lha­dores, os re­for­mados e pen­si­o­nistas, os pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, a ju­ven­tude, aqueles que pre­cisam de apoio so­cial». «A nossa can­di­da­tura é a única de opo­sição à po­lí­tica de di­reita», acen­tuou Je­ró­nimo de Sousa, lem­brando que «nada está per­dido» e que «um dia o povo por­tu­guês há-de per­ceber quem está com ele e contra ele».



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