Jerónimo de Sousa apela ao povo português

Coragem para dar um passo em frente

Na aber­tura do pe­ríodo ofi­cial de cam­panha elei­toral, o Se­cre­tário-Geral do PCP instou o povo por­tu­guês a «dar com co­ragem um passo em frente», e ma­ni­festou-se con­victo de que «o povo vai querer e nós vamos tra­ba­lhar para dis­putar, em igual­dade de cir­cuns­tân­cias, a pas­sagem à se­gunda volta».

«É tempo de ul­tra­passar pre­con­ceitos vo­tando na can­di­da­tura que rompe com as po­lí­ticas do pas­sado»

A con­fi­ança de Je­ró­nimo de Sousa ali­cerçou-se no «mar imenso de von­tades e de­ter­mi­nação» que se es­pa­lhava pelo Pa­lácio de Cristal, sendo pos­sível afirmar que «nesta imensa força se pro­jecta um enorme in­cen­tivo para uma grande vo­tação na can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes, a 23 de Ja­neiro».

«A vossa pre­sença, con­vicção e de­ter­mi­nação é bem ex­pressão de uma can­di­da­tura que tem raízes fundas no País e no povo que somos», con­ti­nuou, mas a duas se­manas de ir a votos «pre­ci­samos de dar tudo», é ne­ces­sário «mo­bi­lizar todas as nossas ener­gias».

«Nesta der­ra­deira etapa, temos todos de alargar a cada terra, a cada rua» a cam­panha elei­toral de Fran­cisco Lopes, ad­vertiu. «Esta não é apenas a ta­refa do can­di­dato» mas de «todos os que estão em­pe­nhados em pro­curar os ca­mi­nhos da mu­dança ne­ces­sária para dar a volta à si­tu­ação de crise e de­clínio a que o País chegou».

«Pre­ci­samos de todos os que estão na luta pela mu­dança e contra a po­lí­tica de di­reita», é im­pe­ra­tivo que estes «se mo­bi­lizem para o voto! Pre­ci­samos que ne­nhum voto se perca!», disse.

Di­ri­gindo-se «aos muitos mi­lhares de ho­mens e mu­lheres que, no pas­sado, vo­taram nas forças po­lí­ticas e nos can­di­datos exe­cu­tantes da go­ver­nação à di­reita, e que agora se en­con­tram de­si­lu­didos com o rumo que o País levou», Je­ró­nimo de Sousa lem­brou que «é tempo de ul­tra­passar pre­con­ceitos. É tempo de dar com co­ragem um passo em frente, indo ao en­contro da única can­di­da­tura que de­fende a efec­tiva rup­tura com as po­lí­ticas do pas­sado».

«Aos que pa­recem não acre­ditar, de­pois de tanta pro­messa vã por parte dos que há mais de três dé­cadas go­vernam o País e o con­du­ziram à crise, é pre­ciso dizer: não de­sistam. As can­di­da­turas, tal como os par­tidos, não são todas iguais. Esta é uma can­di­da­tura di­fe­rente de todas as ou­tras. Não de­sistam, porque é pos­sível, com o vosso voto e a luta de todos nós, mudar a nossa vida co­lec­tiva e abrir ca­minho à es­pe­rança numa vida me­lhor para os por­tu­gueses», vincou antes de se ma­ni­festar con­victo de que «o povo vai querer e nós vamos tra­ba­lhar para dis­putar, em igual­dade de cir­cuns­tân­cias com qual­quer outra can­di­da­tura, a pas­sagem à se­gunda volta, porque esta é uma can­di­da­tura de parte in­teira!»

 

Ca­vaco não é so­lução…

 

«Temos con­fi­ança de que no pró­ximo dia 23 de Ja­neiro os por­tu­gueses não se dei­xarão iludir ou im­pres­si­onar pela cam­panha me­diá­tica que dá como certa a vi­tória de Ca­vaco Silva», acres­centou o Se­cre­tário-Geral do PCP, pre­ci­sando que «Ca­vaco Silva não é ga­rantia ne­nhuma de se­gu­rança e so­li­da­ri­e­dade para os que menos têm. Não o foi no pas­sado e não o será no fu­turo».

«Ca­vaco Silva nunca foi nem é o “sal­vador da pá­tria” que a pro­pa­ganda e o auto-elogio sem li­mites querem fazer crer. Ca­vaco Silva apenas acres­centa ar­ro­gância à ar­ro­gância de José Só­crates», disse, lem­brando que «a nossa his­tória está cheia de sal­va­dores da pá­tria que ar­rui­naram o País, e de gente que co­locou a sua com­pe­tência ao ser­viço dos que à custa do povo fazem for­tuna».

A este pro­pó­sito, Je­ró­nimo de Sousa apontou o dedo ao ac­tual Pre­si­dente da Re­pú­blica, acu­sando-o de con­vidar o povo «à ren­dição face à di­ta­dura dos mer­cados fi­nan­ceiros e dos es­pe­cu­la­dores», de ser «in­capaz de apre­sentar uma pro­posta e tornar pú­blica uma ori­en­tação para conter a gula de­sen­freada», que «exige o si­lêncio dos por­tu­gueses que con­testam o roubo per­pe­trado ao País com a es­pe­cu­lação sobre a dí­vida pú­blica e o en­di­vi­da­mento ex­terno», que con­tinua a apoiar os que pro­curam «re­solver o pro­blema da dí­vida pri­vada – isto é, a dí­vida dos bancos e das grandes em­presa ao es­tran­geiro – à custa da dí­vida pú­blica por­tu­guesa», a qual se re­flecte, de­pois, «nas contas do Es­tado e, por úl­timo, no bolso dos con­tri­buintes».

«É um es­cân­dalo! É um es­cân­dalo que o Es­tado por­tu­guês na­ci­o­na­lize os pre­juízos, como se viu no caso do BPN», disse in­dig­nado. «Para o sis­tema fi­nan­ceiro, todas as be­nesses pagas pelo erário pú­blico», pros­se­guiu aler­tando que «o povo por­tu­guês não pode con­ti­nuar a pagar a agi­o­tagem que é pra­ti­cada por estes se­nhores com a co­ni­vência do Go­verno, do Banco de Por­tugal e do Pre­si­dente da Re­pú­blica, os quais estão na mão do ca­pital fi­nan­ceiro que cada vez mais do­mina o poder po­lí­tico».

 

Alegre, Moura e Nobre também não

 

«Mas em ma­téria de co­ni­vência com tal po­lí­tica, é bom que se diga que não é apenas atri­buto do ac­tual can­di­dato e Pre­si­dente», notou Je­ró­nimo de Sousa. «Quem dá o aval ao Or­ça­mento do Es­tado anti-so­cial e de ruína na­ci­onal para 2011, como fi­zeram Ma­nuel Alegre, De­fensor Moura e Fer­nando Nobre; quem diz que ele é um mal menor ou uma ine­vi­ta­bi­li­dade, não tem uma po­lí­tica al­ter­na­tiva e uma so­lução para os ver­da­deiros pro­blemas do País».

Assim, estas elei­ções apre­sentam uma «real bi­po­la­ri­zação», desta feita entre os can­di­datos da si­tu­ação, «as can­di­da­turas de su­porte à po­lí­tica de di­reita, e o único can­di­dato que as­sume como questão cen­tral e de­ci­siva a rup­tura e a mu­dança com tais po­lí­ticas, Fran­cisco Lopes, o nosso can­di­dato!»

 

O voto que soma à luta

 

«É por isso que não se pode perder ne­nhum voto dos que as­piram a uma rup­tura pa­trió­tica e de es­querda com as po­lí­ticas que têm sido se­guidas», in­sistiu o di­ri­gente co­mu­nista.

«Votos que não se perdem em ne­nhuma cir­cuns­tância, mas que se tra­du­zirão sempre em ala­vancas para o de­sen­vol­vi­mento da luta por um Por­tugal mais justo e so­li­dário. Votos dados a uma can­di­da­tura e a um can­di­dato que ja­mais se re­ti­rará do com­bate seja qual for o des­fecho elei­toral, antes con­ti­nuará a luta na de­fesa dos in­te­resses e di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo.

«Por­tugal pode e deve vencer apoi­ando esta nossa can­di­da­tura, a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes, a can­di­da­tura dos que não aceitam o Por­tugal das de­si­gual­dades so­ciais e das in­jus­tiças. A única can­di­da­tura que, no tempo que se segue ao dia 23 de Ja­neiro, vais estar pre­sente e so­li­dária com a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo», ga­rantiu Je­ró­nimo de Sousa.



Mais artigos de: Presidenciais 2011

Abrir caminho à esperança

Às mais de cinco mil pes­soas que en­cheram o Pa­lácio de Cristal, Fran­cisco Lopes lem­brou que «a nossa can­di­da­tura com­provou, nestes meses, que é um im­pe­ra­tivo na­ci­onal, que é de facto a única al­ter­na­tiva que os tra­ba­lha­dores e o povo por­tu­guês têm para afirmar, nestas elei­ções, a mu­dança in­dis­pen­sável ao País». Je­ró­nimo de Sousa, por seu lado, apelou aos tra­ba­lha­dores e ao povo para que dêem «com co­ragem, um passo em frente» e, pelo voto no dia 23 e pela con­ti­nu­ação da luta, abram «ca­minho à es­pe­rança numa vida me­lhor para todos os por­tu­gueses».

Compromisso com os trabalhadores<br>e o futuro de Portugal

Ao in­tervir no en­cer­ra­mento do co­mício no Pa­lácio de Cristal, Fran­cisco Lopes su­bli­nhou que a can­di­da­tura que as­sume é a única com­pro­me­tida com os tra­ba­lha­dores e o fu­turo do País, e que «só ao povo por­tu­guês cabe de­cidir sobre quem vai à se­gunda volta, sobre quem vai ser o Pre­si­dente da Re­pú­blica».

Valorizar o trabalho e os trabalhadores

No se­gundo dia de cam­panha, de­pois de um gran­dioso co­mício no Porto (ver pá­ginas 5, 6 e 7), Fran­cisco Lopes re­gressou ao dis­trito de Se­túbal, onde cen­trou a sua força e acção nas ques­tões la­bo­rais, com uma vi­sita ao Ar­senal do Al­feite e en­con­tros com os tra­ba­lha­dores da Câ­mara de Pal­mela e da Au­to­eu­ropa. O dia pros­se­guiu com uma ar­ruada na Baixa de Se­túbal e um jantar-co­mício no Seixal.

Agrava-se a crise

Vi­sita à Cen­tralcer, em Vi­a­longa, con­tacto com tra­ba­lha­dores da Câ­mara, nos Oli­vais, en­contro com re­for­mados e des­lo­cação a uma IPSS, em Sa­cavém, as­si­na­laram, an­te­ontem, o início da cam­panha ofi­cial de Fran­cisco Lopes no dis­trito de Lisboa.

Cresce a vaga de apoio

A existência de um grande pólo ferroviário no Barreiro tendo por base as actuais instalações da EMEF foi uma das ideias defendidas por Francisco Lopes no grande comício realizado naquela cidade que fechou, sábado à noite, a...

Um mar de gente com Francisco Lopes

Um «mar de gente» par­ti­cipou na ar­ruada e no jantar-comício na Voz do Operário com Fran­cisco Lopes, an­te­ontem, em Lisboa, dando força à única can­di­da­tura de es­querda ao serviço do povo e do País.

O apoio caloroso da Margem Esquerda

No Sá­bado, vés­pera do ar­ranque ofi­cial da cam­panha elei­toral, Je­ró­nimo de Sousa e Fran­cisco Lopes par­ti­ci­param juntos em ini­ci­a­tivas na Margem Sul. Re­cep­ções en­tu­siás­ticas mar­caram estas ac­ções de con­tacto e es­cla­re­ci­mento en­vol­vendo muitas cen­tenas de pes­soas.

Novo rumo para os portugueses

Na sua segunda deslocação ao distrito de Beja, Francisco Lopes realizou, no dia 7 de Janeiro, uma visita ao concelho de Castro Verde, onde foi recebido no Salão Nobre da Câmara por Francisco Duarte, presidente da autarquia, e restante vereação. Ali, acolhido pelos trabalhadores do...

É preciso votar bem!

Mais de que em episódios marginais, ainda que inaceitáveis, Francisco Lopes tem concentrado o seu discurso nas raízes da dramática situação nacional (e internacional): a aceitação de um sistema que tem permitido, como é hoje mais...

Fazer a diferença também em França

Dezenas de pessoas participaram no domingo, em Nanterre, na apresentação pública do mandatário e apoiantes em França da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República. Constituíram a mesa, que presidiu o acto, a vereadora de Villejuif Sandra...