Jerónimo de Sousa em Alverca

Ainda há muito a fazer!

Je­ró­nimo de Sousa apelou, na sexta-feira, num co­mício em Al­verca do Ri­ba­tejo, a um es­forço final dos mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do PCP no sen­tido de ga­rantir os votos e o êxito da can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes.

Cam­panha mostra con­traste entre Fran­cisco Lopes e res­tantes can­di­datos

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No co­mício, que en­cheu o salão dos Bom­beiros Vo­lun­tá­rios de Al­verca de jo­vens, mem­bros de ORT's, di­ri­gentes as­so­ci­a­tivos e ou­tros apoi­antes, usaram também da pa­lavra Er­nesto Fer­reira, man­da­tário con­ce­lhio, e Isabel Brigham e Rita La­meiro, mem­bros da Co­missão de Apoio à can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes no con­celho de Vila Franca de Xira, que fa­laram dos mo­tivos que os mo­ti­varam para o efeito.

A jovem Rita La­meiro, no­me­a­da­mente, con­si­derou ser esta can­di­da­tura a única que se de­bruça sobre o es­tado do País, «não te­mendo abordar os temas que mais fra­gi­lizam a nossa so­ci­e­dade». Uma can­di­da­tura que co­nhece os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores e o de­ses­pero dos de­sem­pre­gados; co­nhece as ge­ra­ções mais jo­vens, «que vêem os so­nhos ras­gados pela pre­ca­ri­e­dade e pela ex­plo­ração», e a vida di­fícil dos idosos, que vêem uma vida de tra­balho re­co­nhe­cida com uma «re­tri­buição mi­se­rável».

Er­nesto Fer­reira, por sua vez, falou da re­a­li­dade que se vive no con­celho, onde au­menta a ex­plo­ração, o ataque aos di­reitos, o de­sem­prego e a pre­ca­ri­e­dade, a des­re­gu­la­men­tação e o alar­ga­mento da jor­nada de tra­balho até às 12h00 por dia ou 60 por se­mana, e onde se as­siste a ten­ta­tivas de re­dução do sa­lário. Tudo fruto, acusa, da po­lí­tica de di­reita do Go­verno PS com o apoio do PSD/​CDS-PP e de Ca­vaco Silva.

Por úl­timo, Je­ró­nimo de Sousa lem­brou ser a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes a única «li­berta de apoios dos que são res­pon­sá­veis pelo ca­minho de ex­plo­ração, re­tro­cesso so­cial, de­clínio eco­nó­mico e de crise para onde foi con­du­zido País» e a única, também, com­pro­me­tida com as as­pi­ra­ções «das classes e ca­madas que são ví­timas da ex­plo­ração de­sen­freada dos grandes grupos eco­nó­micos e do grande ca­pital fi­nan­ceiro».

 

Um can­di­dato di­fe­rente

 

De facto, à me­dida que a cam­panha avança «fica claro e mais ní­tido o con­traste» entre a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes e as ou­tras can­di­da­turas, «no­me­a­da­mente quando as­sume uma clara opção pela va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores e da sua luta, de­nuncia as con­sequên­cias dos pro­gramas das po­lí­ticas de aus­te­ri­dade e do Or­ça­mento do Es­tado, o pro­cesso de ex­torsão dos tra­ba­lha­dores e do povo pelos grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros e as­sume, como ne­nhuma outra, a de­fesa e ur­gência da con­cre­ti­zação de po­lí­ticas de de­fesa e de­sen­vol­vi­mento do sec­tores pro­du­tivos e de cri­ação de em­prego e da so­be­rania na­ci­onal».

Para o Se­cre­tário-geral do PCP, o com­bate pela con­quista do voto po­pular «é um com­bate que está longe de estar ter­mi­nado», ha­vendo ainda muito a fazer, a co­meçar desde logo pelo «de­ci­dido com­bate à can­di­da­tura de Ca­vaco Silva, de en­feu­da­mento aos grandes in­te­resse eco­nó­micos e fi­nan­ceiros» e pela de­núncia da «re­tó­rica da sua pro­cla­mada “ma­gis­tra­tura de in­fluência” e da sua es­pe­cial pre­pa­ração téc­nica que até hoje não serviu para re­solver qual­quer dos grandes pro­blemas na­ci­o­nais».

Je­ró­nimo de Sousa confia, ainda, em que os por­tu­gueses «não se dei­xarão iludir pelas cam­pa­nhas me­diá­ticas ori­en­tadas para fazer crer que as elei­ções se re­solvem na dis­puta entre apenas dois can­di­datos», Ca­vaco Silve e Ma­nuel Alegre. Dois can­di­datos, diz, «que nas po­lí­ticas que têm vindo e estão a ser con­cre­ti­zadas, seja nos PEC, seja no Or­ça­mento do Es­tado de de­sastre na­ci­onal», estão do «mesmo lado da bar­ri­cada», «do mesmo lado dos que de­fendem a ine­vi­ta­bi­li­dade das po­lí­ticas anti-so­ciais e de ruína na­ci­onal do Go­verno do PS». Razão por que «a ver­da­deira, a real bi­po­la­ri­zação é entre os can­di­datos que apoiam a si­tu­ação, as can­di­da­turas de su­porte à po­lí­tica de di­reita e o único can­di­dato que as­sume como questão cen­tral e de­ci­siva a rup­tura e a mu­dança com tais po­lí­ticas», o can­di­dato Fran­cisco Lopes!



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