Inglaterra

Estudantes voltam aos protestos

Os es­tu­dantes in­gleses vão voltar a ma­ni­festar-se contra o au­mento das pro­pinas, apro­vado no início de De­zembro pelo par­la­mento in­glês. De­pois das mo­vi­men­ta­ções de massas, ocor­ridas no final do ano pas­sado, contra a du­pli­cação e, em al­guns casos, a tri­pli­cação da taxa de frequência uni­ver­si­tária, os es­tu­dantes rei­teram que o im­por­tante, nesta fase, é mos­trar ao go­verno a re­sis­tência à me­dida.

As ac­ções contra os cortes e as pro­pinas, e em de­fesa da edu­cação e dos ser­viços pú­blicos ini­ci­aram-se ontem com con­cen­tra­ções e ocu­pação de vá­rios es­ta­be­le­ci­mentos, mas é no pró­ximo sá­bado, na ca­pital, Lon­dres, e em Man­chester, que os jo­vens pre­tendem mos­trar a de­ter­mi­nação e uni­dade dos es­tu­dantes, ali­ando-lhes e o re­púdio ge­ne­ra­li­zado à po­lí­tica an­ti­po­pular.

Nesse sen­tido, terão a seu lado pro­fes­sores, pais e fun­ci­o­ná­rios, já que das con­ver­sa­ções com os sin­di­catos mais re­pre­sen­ta­tivos do sector re­sultou a adesão destes à jor­nada de luta, e a or­ga­ni­zação con­junta do pro­testo ju­venil.

 

De­sem­prego re­corde

 

Pa­ra­le­la­mente, dados do ga­bi­nete es­ta­tís­tico bri­tâ­nico re­ve­laram, a se­mana pas­sada, que o de­sem­prego entre os adultos me­nores de 25 anos bateu todos os re­cordes. De acordo com as in­for­ma­ções pu­bli­cadas pelo diário The Guar­dian, no final do mês de No­vembro a de­so­cu­pação ju­venil al­can­çava os 20,3 por cento, o nível mais ele­vado desde que co­meçou o re­gisto, em 1992.

No total, cerca de um mi­lhão de jo­vens em idade ac­tiva está sem em­prego ou pers­pec­tivas do mesmo, si­tu­ação que gera entre as novas ge­ra­ções a le­gí­tima re­volta para com o sis­tema in­capaz de lhes ga­rantir um fu­turo.

En­tre­tanto, uma pes­quisa re­a­li­zada pela pri­vada Ba­de­noch & Clark afirma que 25 por cento dos bri­tâ­nicos se en­contra des­con­tente com o res­pec­tivo em­prego, e mais de me­tade dos mil en­tre­vis­tados re­velam sentir-se mais in­fe­lizes de­vido à crise e aos cortes de­ci­didos pelo exe­cu­tivo de David Ca­meron.



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