Egipto

CPPC condena ingerência do imperialismo

Face ao le­van­ta­mento po­pular no Egipto, o Co­mité Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC) afirma ser fun­da­mental que a «von­tade do povo egípcio seja res­pei­tada», e que «as grandes po­tên­cias mun­diais se abs­te­nham de in­gerir e con­di­ci­onar o de­sen­rolar dos acon­te­ci­mentos».

Em nota de im­prensa, o CPPC con­dena a «vi­o­lenta re­pressão que tem sido exer­cida sobre as ma­ni­fes­ta­ções po­pu­lares pa­cí­ficas, seja por forças re­pres­sivas, seja por in­ter­médio de “apoi­antes” do ac­tual pre­si­dente que com­pro­va­da­mente in­cor­poram agentes da po­lícia e de ser­viços de se­gu­rança».

O CPPC re­corda ainda a «in­ge­rência que o im­pe­ri­a­lismo tem exer­cido no Egipto», o se­gundo maior be­ne­fi­ciário de ajuda mi­litar norte-ame­ri­cana na re­gião, «in­ter­fe­rência que agora pros­segue dis­si­mu­lada na ati­tude hi­pó­crita da União Eu­ro­peia e dos EUA a per­ma­ne­cerem “he­si­tantes” em con­denar de­fi­ni­ti­va­mente e em re­tirar todo o apoio po­lí­tico ao velho re­gime, que têm apoiado de facto ao longo de mais de 30 anos, contra as le­gí­timas as­pi­ra­ções da po­pu­lação».

«Re­cor­dando o papel cen­tral do Egipto ao longo do sé­culo pas­sado na eman­ci­pação na­ci­onal e afir­mação do pa­tri­o­tismo árabe, até o ac­tual re­gime ter to­mado o poder, é es­pec­tável o ner­vo­sismo dos EUA pe­rante a pers­pec­tiva de perder um go­verno que tem sido aliado sub­misso e ins­tru­mental nos seus planos de do­mínio do pró­ximo Ori­ente», acentua o CPPC, fri­sando que o «ner­vo­sismo» é também evi­dente «nas alar­mantes de­cla­ra­ções do pri­meiro-mi­nistro is­ra­e­lita, ao afirmar ser ne­ces­sário au­mentar o po­derio is­ra­e­lita para fazer frente à ins­ta­bi­li­dade na re­gião».



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