Governo corta na educação

Estudantes em luta no dia 24

Os estudantes do ensino básico e secundário do concelho de Lisboa vão sair à rua no dia 24 de Fevereiro, reafirmando a sua luta por uma educação pública, gratuita, de qualidade e democrática para todos.

«Mais funcionários e professores»

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«As medidas de cortes nos funcionários públicos já se nota nas escolas e têm provocado graves prejuízos no seu funcionamento normal, como é exemplo a Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, que não pode ter todos os serviços da escola a funcionar ao mesmo tempo (ou seja, não há condições para ter a papelaria e o bar abertos ao mesmo tempo)», afirmam, em comunicado, as associações de estudantes do concelho de Lisboa, que se reuniram no dia 31 de Janeiro.

Foram elas as associações de estudantes da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, da Marquês de Pombal, Prof. Herculano de Carvalho, Luísa Dona Luísa de Gusmão, Filipa de Lencastre, Maria Amália Vaz de Carvalho, Camões e Gil Vicente.

Uma política de «cortes» e «restrições» orçamentais para 2011 que tem ainda consequências nas condições materiais das escolas, como na Gil Vicente, «onde a biblioteca fecha devido ao facto de lá haver uma tampa de esgotos que por vezes deita cheiros desagradáveis que impede o seu normal funcionamento», ou na ES Camões, onde os estudantes não têm campo de futebol.

Têm ainda surgido problemas com as obras da empresa Parque Escolar, em que as escolas intervencionadas já tem infiltrações, falta de isolamento sonoro e ginásios onde chove. «Estas escolas passaram a pagar à empresa uma renda mensal de, em média, 50 mil euros, sendo a mesma detentora de 50 por cento dos lucros dos alugueres de espaços», acusam as associações, criticando ainda, em alguns casos, que os campos de futebol, espaços de lazer e de desporto, tenham sido vedados para agora serem alugados.

Salientando que o investimento na educação é fundamental para o desenvolvimento do País, os estudantes prometem, por isso, levantar a sua voz por «um estatuto do aluno mais justo para os alunos», «mais funcionários e professores», «o melhoramento das condições materiais das escolas», «uma avaliação contínua e justa», «a real implementação da educação sexual nas escolas» e «pelo fim dos mega-agrupamentos».



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