Procedimento de mudança de sexo

Foi re­a­pre­ciado e de novo apro­vado, re­cen­te­mente, pelo Par­la­mento, na sequência do veto pre­si­den­cial, o di­ploma que cria o pro­ce­di­mento de mu­dança de sexo e de nome pró­prio no re­gisto. Vo­taram fa­vo­ra­vel­mente o PS, PCP, PEV, BE e sete de­pu­tados do PSD, par­tido que se di­vidiu ainda pela abs­tenção (10) e pelo voto contra (53), aqui acom­pa­nhado pelo CDS/​PP.

A po­sição de que não se deve pro­longar a exi­gência de uma in­ter­venção ju­di­cial para al­terar os ele­mentos cons­tantes do re­gisto civil, con­for­mando-o à von­tade e à con­dição efec­tiva das pes­soas que o re­queiram, foi re­a­fir­mada pela ban­cada do PCP.

O de­pu­tado co­mu­nista João Oli­veira voltou a lem­brar, no­me­a­da­mente, que a iden­ti­dade de gé­nero está ca­rac­te­ri­zada e de­fi­nida ci­en­ti­fi­ca­mente pela Or­ga­ni­zação Mun­dial de Saúde e que «os cri­té­rios mé­dicos e psi­co­ló­gicos que a de­finem têm de ser apli­cados pelos pro­fis­si­o­nais de acordo com as suas re­gras».

Para o PCP, esta é a fron­teira que de­li­mita a res­pon­sa­bi­li­dade da AR e do poder po­lí­tico na de­fi­nição de um re­gime ju­rí­dico da outra res­pon­sa­bi­li­dade que cabe, por in­teiro, aos pro­fis­si­o­nais de saúde.

E essa fron­teira, como su­bli­nhou João Oli­veira, foi res­pei­tada no texto agora apro­vado pelo Par­la­mento.



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