XII Assembleia Concelhia de Guimarães

Organizar para intervir e lutar

A Orga­ni­zação Con­ce­lhia de Gui­ma­rães do PCP re­a­lizou, no do­mingo, a sua XII as­sem­bleia no au­di­tório da As­so­ci­ação Co­mer­cial e In­dus­trial. Pe­rante cerca de 100 de­le­gados, o res­pon­sável con­ce­lhio Sílvio Sousa abriu os tra­ba­lhos va­lo­ri­zando a in­tensa ac­ti­vi­dade de­sen­vol­vida pelos co­mu­nistas no con­celho nos úl­timos anos.

Du­rante a fase pre­pa­ra­tória, que in­cluiu de­zenas de reu­niões de or­ga­nismos par­ti­dá­rios e a aus­cul­tação de vá­rios mi­li­tantes, «cons­tatou-se que se po­deria ter ido mais longe na aná­lise da si­tu­ação con­ce­lhia, sendo porém de va­lo­rizar todos os con­tri­butos que che­garam à Co­missão Con­ce­lhia ces­sante». Mas, re­alçou, esta as­sem­bleia «não é o fim de um ca­minho», e sim um ponto de pas­sagem, pelo que com­pe­tirá à Co­missão Con­ce­lhia eleita apro­fundar e en­ri­quecer as con­clu­sões ali as­su­midas.

Sílvio Sousa ter­minou a sua in­ter­venção afir­mando que os co­mu­nistas do con­celho de Gui­ma­rães as­sumem o com­pro­misso de «não dar tré­guas no com­bate às po­lí­ticas de di­reita que estão a afundar o País, lu­tando por um mundo mais justo e afir­mando a con­vicção de que, com os tra­ba­lha­dores e o povo, com um PCP mais forte, será pos­sível lutar pela rup­tura pa­trió­tica e de es­querda, en­frentar o im­pe­ri­a­lismo e as suas ten­ta­tivas he­ge­mó­nicas, der­rotar o ca­pi­ta­lismo nas suas mais di­versas fa­cetas e cons­truir o so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo».

Em muitas in­ter­ven­ções dos de­le­gados pas­saram os prin­ci­pais pro­blemas que afectam os tra­ba­lha­dores e o povo do con­celho e as so­lu­ções que o PCP apre­senta para as mais va­ri­adas áreas. Assim su­cedeu com a in­ter­venção de Mar­ga­rida Leça sobre o en­sino; de Fran­cisco Vi­eira sobre os têx­teis; de Cân­dido Ca­pela Dias re­la­tiva à si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial; de Fi­lipe Costa, sobre a Ju­ven­tude, ou de José Cunha re­fe­rente ao mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo po­pular. De­pois de Fran­cisco Cunha ter abor­dado o pre­vi­sível acto elei­toral para a As­sem­bleia da Re­pú­blica, Li­liana Oli­veira apre­sentou uma moção de re­púdio à agressão mi­litar contra a Líbia, apro­vada por una­ni­mi­dade.

Também por una­ni­mi­dade foram apro­vadas a Re­so­lução Po­lí­tica (que contou com al­te­ra­ções du­rante a as­sem­bleia) e a nova Co­missão Con­ce­lhia. Dela fazem parte 14 novos ele­mentos, 10 mu­lheres e sete jo­vens com menos de 35 anos.

A en­cerrar, João Frazão, da Co­missão Po­lí­tica, va­lo­rizou a as­sem­bleia, lem­brando que «nós não que­remos a or­ga­ni­zação para ter e para mos­trar. Que­remos e pre­ci­samos da or­ga­ni­zação para in­tervir junto dos pro­blemas das po­pu­la­ções e dos tra­ba­lha­dores». Sobre as elei­ções le­gis­la­tivas, o di­ri­gente do PCP chamou a atenção para a ofen­siva ide­o­ló­gica que aí está, «com todo o seu fulgor», em torno da ideia das ine­vi­ta­bi­li­dades. «Que cada um seja um ac­ti­vista no con­tacto com os ou­tros, temos que ser a te­le­visão que não temos e con­tra­riar a te­le­visão que temos, apelou João Frazão.



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