Em 5 de Junho, é preciso dizer não às troikas!

Sair da crise?... Só com o PCP e a CDU

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Há um caminho alternativo para vencer a dívida, promover o desenvolvimento, defender a soberania do nosso País. Esse caminho exige uma atitude patriótica de defesa dos interesses nacionais e de afrontamento do capital financeiro nacional e estrangeiro.

O caminho preconizado pelo PCP e pela CDU responde ao problema da dívida exigindo a sua renegociação imediata – juros, prazos e montantes.

O caminho preconizado pelo PCP e pela CDU assume a prioridade da defesa, valorização e promoção dos recursos nacionais e da capacidade produtiva do País (nas pescas, na agricultura, na indústria) e, em primeiro lugar, da defesa e valorização do mais importante recurso nacional – os trabalhadores.

O caminho preconizado pelo PCP e pela CDU assegura o desenvolvimento e o crescimento económico, a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, a dinamização do mercado interno e da actividade das pequenas e médias empresas.

O caminho preconizado pelo PCP e pela CDU afronta os interesses do capital financeiro e dos grupos económicos, retoma o controlo pelo Estado dos sectores estratégicos da economia nacional, afirma a subordinação do poder económico ao poder político e assegura o futuro independente e soberano de Portugal.

No momento em que a grande burguesia nacional e estrangeira pretende impor um programa de agressão ao povo e ao País, o PCP dirige-se a todos os portugueses apelando ao seu sentido patriótico, ao seu sentido de justiça, à sua determinação, a que, pela sua acção e pelo exercício dos seus direitos constitucionais, expressem na luta e no voto o seu repúdio a este ataque contra Portugal e os portugueses.

Por mais condicionamentos e dificuldades que pretendam impor, o povo português não está condenado a um presente e a um futuro de dependência e submissão face aos interesses do grande capital e das grandes potências.

O PCP reafirma a sua profunda convicção de que é possível a abertura de novos caminhos de desenvolvimento soberano que, por ruptura com a política de direita, concretize uma nova política, patriótica e de esquerda ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País.

(Extracto condensado da conferência de imprensa de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, em 5 de Maio)


Porquê um governo patriótico e de esquerda?

A concretização da política necessária à resolução dos problemas nacionais exige a formação de um governo patriótico e de esquerda, capaz de assegurar uma nova fase da vida do País, marcada pelo desenvolvimento, a justiça e o progresso social.

Um governo para salvar o País, orientado por uma política patriótica e de esquerda que, correspondendo ao conteúdo e valor próprios da Constituição da República e dos ideais de Abril, permita responder aos problemas nacionais, ao contrário de um governo dito de «salvação nacional», juntando precisamente aqueles que têm enterrado e querem continuar a enterrar o País.

Um governo cuja viabilidade está nas mãos do povo português, constituído com base nas forças e sectores políticos, democratas e personalidades independentes, que se identificam com a política patriótica e de esquerda, apoiado pelas organizações e movimentos de massas dos sectores sociais antimonopolistas.

Um governo que constitua uma solução política necessária e urgente, que tem de ser inscrita como um objectivo incontornável para o futuro do País, e cuja concretização só é possível com o significativo reforço da influência do PCP e dos seus aliados na CDU nas eleições de 5 de Junho.

 (Extracto do compromisso eleitoral do PCP)


Nove eixos da alternativa

Nas legislativas de 2009, o PCP apontou a necessidade de uma política de esquerda que, a ser aplicada, teria evitado a actual situação desastrosa. Os seus nove eixos centrais mantêm-se actuais:

1. A valorização do trabalho e dos trabalhadores.

2. A defesa dos sectores produtivos e da produção nacional.

3. Um papel determinante do Estado nos sectores estratégicos: banca e seguros, energia, telecomunicações e transportes.

4. Uma administração e serviços públicos ao serviço do País: Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito, Escola Pública gratuita e de qualidade; desenvolvimento Científico e Tecnológico.

5. A democratização e promoção do acesso à cultura e defesa do património cultural.

6. A defesa do meio ambiente, do ordenamento do território e a promoção de um efectivo desenvolvimento regional.

7. A defesa do regime democrático de Abril e o cumprimento da Constituição da República.

8. A efectiva subordinação do poder económico ao poder político, o combate e punição da corrupção, crime económico e tráfico de influências.

9. A afirmação de um Portugal livre e soberano e de uma Europa de paz e cooperação, com uma nova política que rompa com a conivência e subserviência face às políticas da União Europeia e da NATO.



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Os agentes da ingerência e do saque

Afinal quem são as organizações que integram a famigerada troika que desde há semanas faz parte do nosso quotidiano, ocupando noticiários das rádios e televisões e enchendo páginas de jornais?

Que interesses servem? As medidas que pretendem impor abrem perspectivas de desenvolvimento ou constituem-se, ao invés, como factores de estagnação e retrocesso?

Percebamos melhor quem são, o que fazem e ao que vêm.

 

Instrumentos de apropriação e domínio

São vários os instrumentos e mecanismos através dos quais, em nome da alegada «ajuda» para superar dificuldades financeiras, são impostos aos povos planos e programas que na prática constituem autênticas operações de saque organizado da riqueza e dos recursos, de agressão aos direitos dos trabalhadores e das populações, de violação da soberania e dos interesses nacionais. Percorramos nesta página os meandros de alguns desses processos de espoliação.

Quais são as medidas que Sócrates escondeu aos portugueses?

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Apetece perguntar: quantas vezes já teria falido Portugal, ao longo da sua longa História, se um país fosse à falência?!