Militares contra novas injustiças

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Na Casa do Alen­tejo, em Lisboa, cerca de tre­zentos mi­li­tares par­ti­ci­param, dia 12, num en­contro pro­mo­vido pelas as­so­ci­a­ções pro­fis­si­o­nais de praças (AP), sar­gentos (ANS) e ofi­ciais (AOFA), no qual «car­reiras, re­gime re­mu­ne­ra­tório, su­ple­mentos, as­sis­tência na do­ença, re­gime de in­cen­tivos e ga­ran­tias dos RV e RC [vo­lun­tá­rios e con­tra­tados], re­formas e res­pec­tivos com­ple­mentos, com­ba­tentes, etc., tudo es­teve em cima da mesa». Nos re­latos di­vul­gados nos sites da AP e da AOFA, re­fere-se igual­mente como ob­jecto das in­ter­ven­ções «as novas in­jus­tiças tra­zidas pelo Or­ça­mento do Es­tado de 2011, bem como as que fu­tu­ra­mente vão atingir quer as Forças Ar­madas quer os mi­li­tares pro­pri­a­mente ditos, na sequência das im­po­si­ções das ins­ti­tui­ções eu­ro­peias e FMI, para con­ce­derem o em­prés­timo ne­go­ciado pelos três par­tidos do cha­mado arco do poder».

Es­ti­veram pre­sentes re­pre­sen­tantes de vá­rias as­so­ci­a­ções de mi­li­tares na re­serva e re­forma e de an­tigos com­ba­tentes.

«Pen­samos exercer as ac­ções, com a ne­ces­sária se­re­ni­dade, mas também com fir­meza, que em cada mo­mento jul­guemos serem as ade­quadas, para que as ins­tân­cias po­lí­ticas e os nosso go­ver­nantes ve­nham a olhar com atenção para algo que pa­rece que tem sido alvo de al­guma de­sa­tenção», disse à agência Lusa o pre­si­dente da AOFA.

Para An­tónio Lima Co­elho, pre­si­dente da ANS, «a co­berto da troika e do FMI estão a pro­curar aplicar me­didas, às quais re­sis­timos em 2005» e que são «al­ta­mente le­sivas dos mi­li­tares en­quanto in­di­ví­duos, mas também en­quanto ins­ti­tuição».

O pre­si­dente da AP, Luís Reis, ma­ni­festou pre­o­cu­pação com duas dessas me­didas: a re­dução da com­par­ti­ci­pação nos sub­sis­temas e um corte de 10 por cento nos efec­tivos até 2014.

Na se­mana an­te­rior, dia 4, na Co­o­pe­ra­tiva Pi­e­dense, em Al­mada, uma cen­tena de pes­soas com­pa­receu ao «Porto de Honra» que a ANS pro­moveu, em so­li­da­ri­e­dade com o seu di­ri­gente An­tónio Campos Dias, cas­ti­gado por par­ti­cipar em ac­ti­vi­dades sócio-pro­fis­si­o­nais.



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