Rangel desculpa-se mal

Na sequência de uma acção in­ter­posta em tri­bunal pelo Sin­di­cato dos Pro­fes­sores da Re­gião Centro contra Emídio Rangel, por di­fa­mação e in­jú­rias, aquele co­men­tador «teve de pu­blicar um pe­dido de des­culpas e pagar todas as custas do pro­cesso», anun­ciou, num co­mu­ni­cado de an­te­ontem, o SPRC/​Fen­prof.

Em causa estão con­si­de­ra­ções pro­fe­ridas por Rangel, no Cor­reio da Manhã, a 8 de Março de 2008, aquando da Marcha da In­dig­nação dos Pro­fes­sores e Edu­ca­dores, que juntou mais de cem mil do­centes contra a po­lí­tica do Go­verno PS para o sector.

«Emídio Rangel con­si­de­rava que os do­centes in­te­gravam um exér­cito co­lo­cado ao ser­viço e ma­ni­pu­lado pelo Par­tido Co­mu­nista, des­lo­cando-se em trans­portes pagos por esta or­ga­ni­zação par­ti­dária, e que o que que­riam era não ser ava­li­ados», re­cordou o sin­di­cato, sa­li­en­tando que os do­centes que par­ti­ci­param na­quela ini­ci­a­tiva foram ape­li­dados de pseudo-pro­fes­sores e de in­com­pe­tentes.

No dia 26 de Maio, o mesmo jornal pu­blicou um pe­dido de des­culpas de Rangel, onde este jus­ti­fica que as acu­sa­ções que fez aos pro­fes­sores em luta de­veram-se ao «es­tilo acu­ti­lante que cos­tumo usar na minha es­crita», e à opi­nião, «que sempre pro­fessei sobre a ne­ces­si­dade de ava­li­ação dos pro­fes­sores e a forma de re­acção à mesma».

Con­si­de­rando im­por­tante este des­fecho, o SPRC ga­rantiu que con­ti­nuará a agir sempre que for posta em causa a honra de cada pro­fessor e a sua dig­ni­dade pro­fis­si­onal, avi­sando que «os tempos que se apro­ximam con­ti­nu­arão a ser tempos de luta em que os pro­fes­sores darão, mais uma vez, um im­por­tante e forte con­tri­buto».



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