Convívio e luta
Mais de três mil pessoas provenientes dos distritos de Leiria, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja participaram no domingo, 26, em Montemor-o-Novo, no XVI Piquenicão Nacional.
Esta foi mais uma grande jornada promovida pela Confederação do MURPI onde a confraternização e o convívio andaram de mãos dadas com o espírito de luta em defesa dos direitos dos reformados e pensionistas.
Realizado no Parque de Exposição e Feiras daquela cidade, com o apoio logístico da autarquia, este convívio anual dos reformados e seus familiares desenrolou-se ao longo do dia em ambiente de festa, alegria e grande animação ao som dos mais de 30 grupos corais e de dança das associações que actuaram nos dois palcos existentes.
Apesar de todos os grupos parlamentares terem sido convidados, apenas o grupo comunista se fez representar pelo deputado João Oliveira, que dirigiu uma saudação aos presentes.
O PCP esteve ainda presente com uma delegação constituída por Raimundo Cabral, Victor Carrasco e Abílio Fernandes; a CGTP, por seu lado, esteve representada por Fátima Canavezes, responsável da Coordenadora da Inter-Reformados Nacional.
No período destinado às intervenções, José Alves, pela Federação das Associações do Distrito de Évora, depois de saudar os presentes, realçou a necessidade de reforçar o MURPI para maior vigor imprimir à luta pela melhoria das condições das reformas e da saúde dos reformados.
Carlos Pinto Sá, Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, numa intervenção muito aplaudida, manifestou a disponibilidade da sua autarquia para apoiar as iniciativas do MURPI, defendendo, por outro lado, numa alusão à situação social, política e financeira do País e ao futuro próximo, que só o caminho da resistência e luta pode fazer frente às dificuldades criadas pelos vários governos.
Casimiro Menezes, em nome da Confederação MURPI, da qual é presidente, realçou as consequências sociais da política de direita na vida dos reformados, nomeadamente as que resultam do pacto de submissão assinado pelos três partidos da troika nacional, sublinhando a necessidade de reforçar a luta contra as medidas anunciadas.