Belmiro ameaça despedir

O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, Sintab/CGTP-IN, condenou recentes afirmações públicas, proferidas por Belmiro de Azevedo sobre a necessidade, «que parece estar a sentir», para levar a efeito uma redução de trabalhadores nos quadros de pessoal desta actividade comercial, onde detém as cadeias Continente e Bom Bocado.

Duramente criticado pelo sindicato foi também o anúncio, feito pelo patrão do Continente, sobre a intenção de despedir, até ao fim das férias, cerca de cem trabalhadores, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais situados no Cascais Shopping.

Lembrando que a imposição da abertura das grandes superfícies comerciais aos domingos foi argumentada pelas administrações daquelas superfícies como forma para «dar a ganhar mais “umas coroas” aos trabalhadores e aumentar os postos de trabalho», o Sintab também informou que fez chegar o seu descontentamento junto da Câmara de Cascais, questionando o seu presidente sobre estas intenções e manifestando total disponibilidade para discutir este problema, sem deixar «de esclarecer a população e de mobilizar os trabalhadores para a luta em defesa dos seus direitos e interesses».

 

CCT supermercados

 

Foram suspensas, até Novembro, as negociações para a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) respeitante aos trabalhadores de supermercados, hipermercados e de lojas especializadas, revelou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal, CESP/CGTP-IN, na sua Folha Sindical deste mês.

Lembrando que propôs actualizações salariais de 25 euros, e criticando o aumento e a desregulação dos horários de trabalho no sector, o CESP salientou que manteve, nas reuniões de conciliação, as reivindicações que foram aprovadas numa reunião geral de trabalhadores, a 24 de Fevereiro, na Casa do Alentejo, em Lisboa. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, na reunião de conciliação a 13 de Maio, voltou a recusar aumentar salários. Até Novembro, as partes poderão «apresentar novas propostas ou reafirmar as actuais», esclareceu o sindicato, salientando, no mesmo comunicado, um acréscimo de injustiças e de desigualdades decorrentes do aumento da precariedade no sector.

No sector do retalho, no distrito do Porto, terminaram, na semana passada, as negociações respeitantes a actualizações salariais para o sector. Foram acordados aumentos médios de salários de 1,7 por cento (cerca de mais de dez euros por mês) a contar a partir de 1 de Maio, explicou à Lusa, o dirigente do CESP, Jorge Pinto. Um aumento no subsidio de refeição de 3,8 euros, nos dias da semana e de 6,35 euros para o trabalho aos sábados foram resultados também alcançados na negociação, num sector onde a negociação da contratação colectiva está parada.



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