Passeio das Mulheres CDU do Porto

Em luta com alegria e festa!

Cen­tenas de pes­soas par­ti­ci­param, do­mingo, em mais uma edição do Pas­seio das Mu­lheres CDU do Porto, que este ano, pela se­gunda vez, teve lugar no con­celho de Can­ta­nhede, no Parque Flu­vial de Olhos de Fer­vença. Esta ini­ci­a­tiva contou com a pre­sença e in­ter­venção de Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, que acusou o Exe­cu­tivo PSD/​CDS de levar ainda mais longe as po­lí­ticas anti-so­ciais do go­verno an­te­rior (PS).

O povo tem o di­reito e o dever de se in­dignar com as in­jus­tiças

Image 7991

Du­rante todo o dia, ac­ti­vistas e sim­pa­ti­zantes da CDU con­vi­veram neste grande pi­que­nique, re­pleto de boa dis­po­sição, mú­sica po­pular, jogos tra­di­ci­o­nais e muitos pe­tiscos. Os par­ti­ci­pantes vi­a­jaram até Can­ta­nhede com as me­rendas, gre­lha­dores e muitos ou­tros aces­só­rios de apoio, trans­for­mando o Parque Flu­vial num enorme «ban­quete», com todo o tipo de igua­rias. A mú­sica animou a ini­ci­a­tiva fa­zendo com que novos e ve­lhos par­ti­lhassem as danças.

No co­mício, Ana Re­gina Vi­eira, membro da Di­recção da Ci­dade do Porto do PCP e do Grupo de Tra­balho das Mu­lheres CDU, va­lo­rizou a re­a­li­zação, ano após ano, da­quela ca­lo­rosa acção, sempre re­cheada de ale­gria e festa, mas também de luta e de com­ba­ti­vi­dade por um País mais justo. Se­gundo afirmou Ana Re­gina, o Pas­seio das Mu­lheres CDU ca­rac­te­riza-se pelas suas es­pe­ci­fi­ci­dades po­pu­lares, pela par­ti­ci­pação das gentes tí­picas do Porto e pela co­e­xis­tência da di­versão e das rei­vin­di­ca­ções e cri­ticas às po­lí­ticas de di­reita.

Se­gundo va­lo­rizou a co­mu­nista, esta é ainda uma ini­ci­a­tiva ímpar nos pa­no­ramas re­gi­onal e na­ci­onal, não apenas pela di­mensão e am­bi­ente, mas pela sua his­tória de mais de vinte anos e pela pre­sença ex­pres­siva de mo­ra­dores dos bairros so­ciais, do Centro His­tó­rico do Porto e de muitos ou­tros lo­cais da ci­dade e da re­gião.

Por seu lado, e de se­guida, Rui Sá, ve­re­ador da CDU na Câ­mara do Porto, de­nun­ciou a in­sen­si­bi­li­dade so­cial da co­li­gação PSD/​CDS na au­tar­quia, que, apesar de deter de­zenas de fogos de­sa­bi­tados nos bairros so­ciais, em média de­mora três anos a dar res­posta a quem os so­li­cita, e, em caso deste ser aceite, de­mora mais um ano para atri­buir a ha­bi­tação. Ou seja, a Câ­mara do Porto de­mora em média mais de quatro anos para atri­buir uma ha­bi­tação so­cial.

O eleito do PCP cri­ticou, de igual forma, o facto de a gestão das ha­bi­ta­ções so­ciais, pela Câ­mara do Porto, se ca­rac­te­rizar, cada vez mais, como um ne­gócio que, como qual­quer outro, tem que gerar lu­cros. Re­corde-se que, entre 2005 e 2009, a au­tar­quia PSD/​CDS, à custa do au­mento dos preços, du­plicou os va­lores re­ce­bidos em rendas, pas­sando de 4,5 para nove mi­lhões de euros.

Apesar de a CDU ter apenas um ve­re­ador, entre os 13 mem­bros do Exe­cu­tivo Mu­ni­cipal e quatro eleitos entre os 39 mem­bros da As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Porto, é de longe a força po­lí­tica com mais in­ter­venção e pro­postas.

Rui Sá deu ainda conta de que a CDU tem um ga­bi­nete aberto onde qual­quer mu­ní­cipe se pode di­rigir, sendo di­rec­ta­mente re­ce­bido pelo ve­re­ador ou por mem­bros da As­sem­bleia Mu­ni­cipal, e alertou para as con­sequên­cias da po­lí­tica de di­reita le­vada a cabo pelo an­te­rior e ac­tual Go­verno, des­ta­cando as re­centes al­te­ra­ções às redes noc­turnas e de ma­dru­gada dos au­to­carros da STCP e ao en­cer­ra­mento de vá­rias es­ta­ções dos CTT, que têm mo­ti­vado justos pro­testos das po­pu­la­ções.

 

Querem romper com os ca­mi­nhos de Abril

 

Image 7992

Na in­ter­venção de en­cer­ra­mento, Je­ró­nimo de Sousa acusou o Go­verno PSD/​CDS de levar ainda mais longe as po­lí­ticas anti-so­ciais do go­verno an­te­rior. «Para onde vai o di­nheiro que vão roubar ao 13.º mês dos tra­ba­lha­dores?» ques­ti­onou, para de­pois re­cordar que nos úl­timos dias foram trans­fe­ridos mais mil mi­lhões de euros de fundos pú­blicos para o BPN.

O Se­cre­tario-geral do PCP re­alçou, por outro lado, o al­cance ne­ga­tivo da con­cre­ti­zação dos con­teúdos no pro­grama do Go­verno, que cor­res­pondem apenas aos in­te­resses dos grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros, e alertou para a pre­tensão de fazer re­cuar o País, em ma­téria de di­reitos so­ciais, ao tempo em que «aos fi­lhos dos ope­rá­rios res­tava apenas ir para a fá­brica e as uni­ver­si­dades fi­cavam re­ser­vadas aos des­cen­dentes dos dou­tores»

«O que vai restar do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, se este pro­grama de Go­verno for cum­prido, é apenas uma as­sis­tência mi­ni­ma­lista, fi­cando qual­quer in­ter­venção mé­dica de fô­lego de­pen­dente da ca­pa­ci­dade eco­nó­mica de cada um» sa­li­entou Je­ró­nimo de Sousa, que apelou ao de­sen­vol­vi­mento da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês. «Cada uma das mal­fei­to­rias, em curso e anun­ci­adas, tem de me­recer o mais vivo pro­testo dos por­tu­gueses. Querem cri­mi­na­lizar a luta, querem romper com os ca­mi­nhos de Abril, querem co­locar a Cons­ti­tuição na ga­veta, mas, agora e sempre, acre­di­tamos que o povo tem o di­reito e o dever de se in­dignar com as in­jus­tiças», su­bli­nhou.



Mais artigos de: PCP

Comício em Lisboa

O lema é Fazer Frente aos des­pe­di­mentos, aos cortes nos sa­lá­rios, às pri­va­ti­za­ções.

É amanhã, 8 de Julho, às 21h00, no ci­nema São Jorge.

A cegueira dos cortes

Os ata­ques às fun­ções so­ciais do Es­tado, aos ser­viços e às em­presas pú­blicas estão a fazer-se notar de forma par­ti­cu­lar­mente gra­vosa no dis­trito do Porto. A somar aos cortes na STCP, aos en­cer­ra­mentos de vá­rias es­ta­ções do CTT, é agora co­nhe­cida a de­cisão de ter­minar com a li­gação fer­ro­viária Porto-Vigo.

Defender os interesses dos utentes

A po­pu­lação da Fre­guesia da Tra­faria, em Al­mada, está con­fron­tada com uma brutal falta de trans­portes pú­blicos, sendo no­tória a de­gra­dação dos equi­pa­mentos, os cortes e as fa­lhas das car­reiras, as al­te­ra­ções dos ho­rá­rios, num ver­da­deiro des­res­peito pelos utentes.

Decisão ilegítima

A eli­mi­nação das golden shares na PT, GALP e EDP, anun­ciada na terça-feira pelo Go­verno, é qua­li­fi­cada pelo PCP como «um acto de gestão da­nosa con­trário aos in­te­resses na­ci­o­nais».

<i>«Avante por um PCP mais forte!»</i>

A Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP (DORS) analisou, no dia 1 de Julho, a situação social e política e as consequências que teriam para os trabalhadores e as populações a concretização...

Grave situação de bancarrota

Por ocasião do «Dia da Região», que se assinalou na Madeira a 1 de Junho, o PCP alertou para a «grave situação de bancarrota» existente, agravada pelo Governo da República que apontou para a Madeira «um brutal ataque» contra a sua Autonomia....

Homenagem a António Alves Correia

Promovido pela Organização do PCP na Freguesia dos Anjos, realizou-se, no dia 30 de Junho, um jantar de homenagem a António Alves Correia, comunista desde 1957, tendo sido, na altura, responsável pela célula dos trabalhadores da Fábrica Portugal de...

Exposição em Lagos

Já abriu ao público a exposição comemorativa do 90.º aniversário do PCP, organizada pela Concelhia de Lagos, patente, até ao dia 22 de Julho, no Edifício dos Antigos Passos do Concelho (sala2). A inauguração, que aconteceu no...

Conversa com Ilda Figueiredo

Na apresentação do livro «Ilda Figueiredo conversa com Agostinho Santos», dia 30, na Associação 25 de Abril, a eurodeputada e membro do CC do PCP informou que aquele trabalho corresponde ao «rico trabalho colectivo» que o PCP vai realizando, uma «simbiose entre o...

<i>O Militante </i>

Dando destaque à agressão imperialista na Guerra Civil Espanhola, já está à venda a edição de Julho/Agosto de O Militante. Na primeira página da revista o destaque vai ainda para os artigos sobre a Assembleia da OR de Setúbal, a...