Estado de emergência
Na última Assembleia Municipal de Lisboa, destinada a debater «O Estado da Cidade», os eleitos do PCP pediram esclarecimentos ao Executivo municipal sobre a celebração de contratos de milhares de euros em consultorias de «utilidade duvidosa» por ajuste directo.
Tendo em conta que o passivo total da Câmara continua por descortinar, os comunistas defenderam, por isso, que os munícipes têm direito a saber a que se destinam os elevados gastos nesse capítulo. «O desconforto de António Costa sobre este assunto foi evidente, mas as justificações ficaram por dar», sublinha, em nota à comunicação social, o Grupo Municipal do PCP, que constatou ainda, durante a sessão, graves deficiências ao nível da reabilitação urbana, «um processo distintamente atrasado em função das necessidades da cidade, nomeadamente num quadro económico que torna muito previsível o aumento dos casos de emergência habitacional».
Por responder ficou também a questão relativamente à insegurança sentida pela população, designadamente a ausência de reuniões do Conselho Municipal de Segurança, de responsabilidade directa do presidente da Câmara, desde a sua criação.