Em luta contra a eliminação de dois mil postos de trabalho e a supressão de 150 ligações ferroviárias, os trabalhadores da companhia pública de caminhos-de-ferro da Bulgária, BDZ, cumpriram, na segunda-feira, 5, o seu 12.º dia de greve.

A reestruturação do sector ferroviário é uma das medidas do pacote anti-social do governo, que visa ainda, entre outros, o aumento da idade da reforma e a redução em 40 por cento dos subsídios à agricultura.

Repudiando a política de austeridade, dez mil pessoas manifestaram-se, dia 30, na capital búlgara. Na mesma semana, os produtores de cereais iniciaram uma série de acções, que incluíram o bloqueio de estradas. Para ontem e hoje, dias 6 e 7, esperavam-se novos protestos em Sófia, para onde se dirigiram cerca de quatro mil agricultores e 2500 máquinas agrícolas. As autoridades anunciaram, entretanto, que só será permitida a entrada de 170 tractores.