Célula do PCP na SPdH

Rejeitar chantagens, construir a unidade

A cé­lula do PCP na SPdH apela a que se erga ra­pi­da­mente uma frente de re­sis­tência à ofen­siva em curso contra a em­presa e os seus tra­ba­lha­dores.

Os tra­ba­lha­dores re­jei­taram ce­dên­cias

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Num breve texto co­lo­cado no sítio da In­ternet da DORL do PCP (www.lisboa.pcp.pt), os co­mu­nistas va­lo­rizam a «forte mo­bi­li­zação dos tra­ba­lha­dores» da em­presa que, no dia 29, deram a «ma­cha­dada final» no pro­cesso em curso que vi­sava passar para os tra­ba­lha­dores a res­pon­sa­bi­li­dade das graves ce­dên­cias que vá­rios sin­di­catos acor­daram com a TAP, par­ti­ci­pando mas­si­va­mente no ple­nário con­vo­cado pelos sin­di­catos e aí ex­pres­sando, de forma inequí­voca, a sua re­jeição do «acordo de prin­cípio» as­si­nado entre a TAP e um con­junto de sin­di­catos.

Num co­mu­ni­cado emi­tido uns dias antes, a cé­lula do Par­tido de­nun­ciara já o con­teúdo desse acordo que mais não visa do que a li­qui­dação do Acordo de Em­presa. Os sin­di­catos que o subs­cre­veram, «cons­ci­entes da gra­vi­dade do que acor­daram», con­vo­caram sete ple­ná­rios para, na opi­nião do PCP, «passar para os tra­ba­lha­dores a res­pon­sa­bi­li­dade das graves ce­dên­cias» que acor­daram com a em­presa. Lem­bram os co­mu­nistas que esses ple­ná­rios foram mar­cados para fora da em­presa e sem a uti­li­zação do tempo de que os tra­ba­lha­dores dis­põem para par­ti­cipar nos ple­ná­rios.

De­nun­ciava ainda o PCP, nesse co­mu­ni­cado, que os ple­ná­rios foram «cons­ci­en­te­mente mar­cados sem que os tra­ba­lha­dores co­nheçam o con­teúdo dos acordos as­si­nados em seu nome». Elu­ci­da­tivo era, para a cé­lula, que os sin­di­catos fossem ca­pazes de ga­rantir, na vés­pera do pri­meiro ple­nário, que o Acordo de Em­presa fi­caria re­du­zido a 72 cláu­sulas – re­ve­lando assim um «de­talhe ele­vado das ne­go­ci­a­ções».

Do con­teúdo co­nhe­cido do acordo ce­le­brado entre os sin­di­catos e a ad­mi­nis­tração da TAP, a cé­lula do PCP re­alça a in­tenção de «a troco de coisa ne­nhuma» levar os tra­ba­lha­dores a ab­dicar de um «vasto con­junto de di­reitos com pro­funda in­ci­dência na massa sa­la­rial e na or­ga­ni­zação da vida de cada um». Com a re­visão do acordo, acres­cen­tava a cé­lula, os tra­ba­lha­dores re­ce­be­riam um «con­junto vago de in­ten­ções e a ma­nu­tenção de al­guns dos seus di­reitos» – acei­tando, por outro lado, uma «brutal in­ten­si­fi­cação da ex­plo­ração» e um «con­ge­la­mento sa­la­rial por mais três anos».

Nesse co­mu­ni­cado, os co­mu­nistas ape­lavam a que os tra­ba­lha­dores par­ti­ci­passem mas­si­va­mente nos re­fe­ridos ple­ná­rios re­jei­tando, aí, o acordo de prin­cípio as­si­nado entre os sin­di­catos e a TAP – o que fi­zeram de forma clara no dia 29. O PCP sa­li­enta ainda a ne­ces­si­dade de, neste pro­cesso de cons­trução da uni­dade e luta em de­fesa do AE e da em­presa, isolar os «ele­mentos opor­tu­nistas».



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