Liga de Futebol não cumpre com os trabalhadores

Milhões só para os jogadores e treinadores

Em luta contra o «rom­pi­mento do acordo es­ta­be­le­cido para a re­visão do Con­trato Co­lec­tivo de Tra­balho» (CCT), cerca de meia cen­tena de tra­ba­lha­dores de clubes ma­ni­fes­taram-se no dia 28, frente à sede da Liga Por­tu­guesa de Fu­tebol Pro­fis­si­onal (LPFP).

O custo de vida tem vindo a au­mentar todos os dias

No Porto, os tra­ba­lha­dores en­tre­garam uma moção onde exigem «a as­si­na­tura ime­diata do texto da re­visão do CCT» acor­dado no dia 3 de Agosto e o «início de ne­go­ci­a­ções, tendo em vista a ac­tu­a­li­zação dos sa­lá­rios em 2012».

O acordo ne­go­ciado e que, se­gundo os re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores, a Liga se re­cusa a as­sinar, prevê, entre ou­tras me­didas, um au­mento sa­la­rial de um por cento e um mí­nimo de 16 euros e a al­te­ração do sub­sidio de re­feição de 6,65 para 6,75 euros. «Os sa­lá­rios pra­ti­cados pelos clubes de fu­tebol aos tra­ba­lha­dores co­bertos pelo CCT [que ex­clui jo­ga­dores e trei­na­dores] são muito baixos», de­nuncia o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços de Por­tugal (CESP) e o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da In­dús­tria de Ho­te­laria, Tu­rismo, Res­tau­ração e Si­mi­lares do Norte (STIH­TRSN), con­tra­pondo os «or­de­nados mi­se­rá­veis que pagam com os mi­lhões que mo­vi­mentam anu­al­mente».

A re­visão deste CCT, re­tido pela LPFP du­rante quatro meses, en­globa cerca de 2900 tra­ba­lha­dores ad­mi­nis­tra­tivos e co­mer­ciais de clubes e SAD, entre os quais os que la­boram em lojas, bingos e nos re­cintos des­por­tivos.

A LPFP alega a con­jun­tura eco­nó­mica que se vive no País como mo­tivo para não haver au­mentos sa­la­riais em 2012, no en­tanto os tra­ba­lha­dores con­si­deram que «esta razão não tem fun­da­mento», pois «muitos sec­tores de ac­ti­vi­dade ac­tu­a­li­zaram os sa­lá­rios em 2011, in­cluindo o co­mércio, a ho­te­laria, a res­tau­ração e o jogo». «O custo de vida tem vindo a au­mentar todos os dias, in­cluindo pro­dutos e ser­viços de pri­meira ne­ces­si­dade, entre estes o gás e a elec­tri­ci­dade, que re­gis­taram um au­mento subs­tan­cial de­vido à al­te­ração da taxa do IVA», lê-se no texto da moção en­tregue na Liga de Fu­tebol, onde se re­fere que «os tra­ba­lha­dores não têm outra forma de fazer face ao au­mento do custo de vida que não seja rei­vin­dicar o au­mento do sa­lário».



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