Escolas de morte

«Seria in­te­res­sante que o Go­verno pu­bli­casse os re­sul­tados ob­tidos, em sede de exames teó­ricos e prá­ticos, por cada es­cola de con­dução e, com base nos re­sul­tados, fis­ca­li­zasse as mesmas» – de­sa­fiou a Fec­trans, no dia 4, a pro­pó­sito da di­vul­gação do ba­lanço pro­vi­sório anual da Au­to­ri­dade Na­ci­onal de Se­gu­rança Ro­do­viária.
A fe­de­ração nota que, «no fim de cada ano, os por­tu­gueses são in­for­mados que acon­teceu nas es­tradas por­tu­guesas uma au­tên­tica “guerra civil”, com cen­tenas de mortos e fe­ridos graves e menos graves», e in­ter­roga se «não será ilusão» apre­sentar os re­sul­tados como se a si­tu­ação es­ti­vesse a me­lhorar.
Sobre as es­colas de con­dução, «nada se diz e até pa­rece que o me­lhor é omitir». A Fec­trans afirma que a qua­li­dade do en­sino tem di­mi­nuído, por força da pre­ca­ri­e­dade e da mão-de-obra ba­rata im­postas a ins­tru­tores e di­rec­tores de es­cola, ha­vendo mesmo re­curso a ins­tru­tores es­ta­giá­rios, que nada re­cebem. Em muitas es­colas, ins­tru­tores e di­rec­tores ha­bi­li­tados tra­ba­lham a tempo in­teiro nou­tras ac­ti­vi­dades e «em al­guns casos passam pelas es­colas uma ou duas vezes por mês, para as­sinar os do­cu­mentos ne­ces­sá­rios para que os alunos possam re­a­lizar os exames».
Neste sector, «a com­pe­ti­ti­vi­dade sau­dável deu lugar a com­por­ta­mentos de agres­si­vi­dade co­mer­cial muito acen­tu­ados», que «vi­eram des­va­lo­rizar a for­mação dos fu­turos con­du­tores, bem como dos pró­prios ins­tru­tores». A fe­de­ração re­fere ainda que «existem sus­peitas de pu­bli­ci­dade en­ga­nosa nos preços», por parte de al­gumas es­colas que pa­recem apostar na re­pro­vação dos for­mandos.


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