Rússia e China rejeitam ingerência
A Rússia e a China reiteraram a sua oposição a qualquer ingerência no conflito desencadeado na Síria, país que desmente categoricamente as acusações feitas nas Nações Unidas sobre crimes contra a humanidade, alegadamente cometidos pelas autoridades, e denuncia que, paradoxalmente, a ONU ignora os crimes que o governo de Damasco diz estarem a ser perpetrados por grupos terroristas com apoio estrangeiro.
Anteontem, Moscovo informou que só participa numa missão de paz na Síria, proposta pela Liga Árabe, se o executivo liderado por Bashar al-Assad der a sua autorização. «É necessário cumprir os Estatutos da ONU», salientou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mijaíl Bogdánov.
No mesmo sentido, a China salientou junto dos EUA que a situação na Síria é um «assunto interno» que não deve ser alvo de intromissão por parte de nenhuma nação estrangeira.
A posição do governo de Pequim foi manifestada, terça-feira, pelo Conselheiro de Estado, Dai Bingguo, em conversa telefónica com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, citada pela agência Nova China.
Para ontem, estava previsto um encontro entre o vice-presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Barack Obama, no qual ambas as partes admitiam abordar a questão síria.