Os comunistas portugueses fizeram-se representar por Pedro Guerreiro, membro do Comité Central do Partido.

Na ocasião, assinalou-se o denominado «massacre dos 15», isto é, o assassínio de 15 comunistas turcos, entre os quais o seu presidente, Mustafa Suphi, quando tentavam chegar à Anatólia para apoiar a luta de libertação. O massacre foi perpetrado pelas forças reaccionárias turcas, a 29 de Janeiro de 1921, no Mar Negro, no contexto de uma autêntica campanha de terror cujo intuito era liquidar à nascença o Partido Comunista da Turquia.

Intervieram diversos membros do Comité Central do TKP, que sublinharam, entre outros aspectos, a importância da luta pelo Socialismo, do reforço orgânico e da intervenção política do TKP, da reafirmação dos seus princípios patrióticos e anti-imperialistas, e da necessária acção de esclarecimento por parte do partido. Foi ainda salientado o carácter reaccionário da política do governo do AKP e do seu papel no apoio às intervenções do imperialismo no Médio Oriente e Norte de África.

Na iniciativa político-cultural, na qual estiveram cerca de dez mil pessoas, participaram importantes poetas e músicos turcos, tendo o grupo do Centro Cultural Nâzim Hikmet interpretado uma versão de a «Grândola, Vila Morena».

Na sua intervenção, o PCP expressou as calorosas saudações dos comunistas portugueses aos camaradas turcos, que, em tão difíceis condições, lutam em prol dos trabalhadores e do povo.

Pedro Guerreiro caracterizou ainda a luta dos trabalhadores e do povo português contra a política de direita e o Pacto de Agressão, e a luta por uma alternativa política patriótica e de esquerda, afirmando a confiança na luta dos trabalhadores e dos povos do mundo em prol da liberdade, da democracia e do progresso social, por uma sociedade livre da exploração do homem pelo homem, pelo socialismo e o comunismo.

Intervieram ainda na iniciativa, Aleka Papariga, Secretária-geral do Partido Comunista da Grécia, e Abdullah Khalil, membro do Comité Central do Partido Comunista da Síria, que expressaram a sua solidariedade aos comunistas turcos e caracterizaram a situação nos seus respectivos países.