Guerra no Afeganistão

EUA distorcem a verdade

«Oficiais superiores das forças armadas norte-americanas distorcem tanto a realidade sobre a situação no Afeganistão, que a verdade é já irreconhecível», afirmou o tenente-coronel do Exército Daniel Davis.

Regressado em Outubro do ano passado de uma segunda comissão realizada no território, Davis elaborou um relatório arrasador sobre o conflito no país ocupado.

No texto, publicado pela revista Rolling Stone, o responsável militar garante que o país que fica para lá do campo visual das bases estrangeiras é controlado pelos insurgentes, e que as autoridades locais não asseguram a satisfação das necessidades básicas à população afegã.

A confirmar esta última acusação de Davis, agências noticiosas divulgaram esta semana que, só nas primeiras semanas de Inverno, mais de 40 pessoas morreram congeladas em três províncias do país. A esmagadora maioria das vítimas eram crianças que viviam em acampamentos de refugiados de guerra, e mais de metade destas estavam instaladas numa infra-estrutura de emergência situada na capital, Cabul.

 

Justificação desavergonhada

 

Paralelamente, a NATO veio «justificar» o bombardeamento que há duas semanas matou oito menores de idade. A Aliança Atlântica disse que as vítimas eram «jovens armados» e não crianças, de «de estatura adulta, atléticos e fortes», que foram bombardeados porque a NATO entendeu que «representavam uma ameaça».

Se se encontrassem num local onde a NATO e a as tropas do governo de Cabul não estivessem a realizar uma operação militar, «não teriam sido bombardeados», continuou Mike Wigston, confirmando que quando a Aliança Atlântica sai dos quartéis que mantém no Afeganistão é para matar a torto e a direito, e nem mesmo crianças ou adolescentes escapam, muito menos se tiveram uma fisionomia «atlética e forte».



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