PCP assinala 91 anos em Santiago do Cacém

O Partido a que vale a pena pertencer

As co­me­mo­ra­ções do 91.º ani­ver­sário do PCP, que pros­se­guem em todo o País, ti­veram no do­mingo mais um mo­mento alto, com um grande al­moço em San­tiago do Cacém em que par­ti­cipou Je­ró­nimo de Sousa.

O PCP é o par­tido por­tador de um pro­jecto al­ter­na­tivo – o so­ci­a­lismo

Image 10009

Foram quase mil mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes co­mu­nistas das quatro or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais do Alen­tejo que par­ti­ci­param, do­mingo, no al­moço re­gi­onal co­me­mo­ra­tivo dos 91 anos do PCP – o Par­tido a que, como afirmou Je­ró­nimo de Sousa, «vale a pena per­tencer» e a que todos os mi­li­tantes têm um «or­gulho imenso de per­tencer». Esse or­gulho ex­pressou-se por di­versas vezes no Pa­vi­lhão de Feiras e Ex­po­si­ções de San­tiago do Cacém na re­acção ca­lo­rosa às pa­la­vras do Se­cre­tário-geral do Par­tido sempre que este abor­dava as­pectos da his­tória ímpar do PCP e afir­mava a sua iden­ti­dade co­mu­nista, mar­xista-le­ni­nista, re­vo­lu­ci­o­nária.

Na sua in­ter­venção, Je­ró­nimo de Sousa lem­brou que o PCP é o par­tido da «re­sis­tência an­ti­fas­cista, da li­ber­dade e da de­mo­cracia, o par­tido da Re­vo­lução de Abril e das suas con­quistas, o par­tido sempre pre­sente nos mo­mentos de re­sis­tência, trans­for­mação e avanço»; aquele com que os tra­ba­lha­dores, a ju­ven­tude e o povo «sempre podem contar». Mas é também o par­tido que «alerta, es­cla­rece, mo­bi­liza e une, mos­trando a força imensa da luta de massas para re­sistir e des­gastar os ata­ques e re­tro­cessos so­ciais e ci­vi­li­za­ci­o­nais e para trans­formar a so­ci­e­dade» e que é por­tador de um pro­jecto al­ter­na­tivo ao ca­pi­ta­lismo – a de­mo­cracia avan­çada, o so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

Em ano de Con­gresso do Par­tido, Je­ró­nimo de Sousa des­tacou a ne­ces­si­dade de o «pre­parar com a má­xima atenção, ao mesmo tempo que pre­ci­samos de dar res­posta aos múl­ti­plos pro­blemas que uma si­tu­ação po­lí­tica exi­gente como a que vi­vemos nos está a co­locar». Na pre­pa­ração do XIX Con­gresso, que se re­a­liza em Al­mada no fim do ano, «todos nós vamos ser cha­mados a fazer um ba­lanço do tra­balho, pro­ceder à aná­lise, ao de­bate e a tomar de­ci­sões da mais alta im­por­tância para a vida do Par­tido e para a sua in­ter­venção em todos os do­mí­nios».

Lem­brando ainda que o Co­mité Cen­tral de­cidiu «co­locar como ta­refa do XIX Con­gresso pro­ceder a al­te­ra­ções do Pro­grama do Par­tido», Je­ró­nimo de Sousa es­cla­receu que estas al­te­ra­ções «devem ser feitas a partir do texto ac­tual e da sua ori­en­tação es­tra­té­gica, para en­ri­quecer a aná­lise e a de­fi­nição, tendo em conta a evo­lução ve­ri­fi­cada no País e no mundo, desde a sua apro­vação até aos dias de hoje». Outra das ta­refas co­lo­cadas aos co­mu­nistas é o re­forço do PCP, ga­rantiu o Se­cre­tário-geral, des­ta­cando entre as muitas frentes desse re­forço a adesão de novos mi­li­tantes e a sua in­te­gração par­ti­dária, «con­cre­ti­zando a cam­panha de 2000 novos mem­bros do Par­tido até Março de 2013».

 

A luta vai con­ti­nuar

 

In­ter­vindo quando a greve geral de dia 22 es­tava ainda fresca na me­mória de todos, o di­ri­gente do PCP saudou todos os que «com sa­cri­fício para as suas vidas, ven­cendo a chan­tagem, a in­ti­mi­dação, as ame­aças e os apelos à re­sig­nação, par­ti­ci­param nesta mag­ní­fica jor­nada de luta». A greve, acres­centou Je­ró­nimo de Sousa, foi «ex­pres­siva e com­ba­tiva» e deu corpo a um «forte sen­ti­mento de in­dig­nação, pro­testo e des­con­ten­ta­mento com o ac­tual rumo do País e pela exi­gência de mu­dança de po­lí­tica e uma outra so­lução para o País».

Assim, e tal como su­ce­dera com a «his­tó­rica ma­ni­fes­tação do Ter­reiro do Paço», a greve geral foi uma «po­de­rosa res­posta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês com grande im­pacto e uma forte adesão na área in­dus­trial, no sector dos ser­viços, na ad­mi­nis­tração pú­blica na­ci­onal e local e uma grande adesão no sector dos trans­portes».

A greve geral que, para Je­ró­nimo de Sousa, foi ainda uma «res­posta dos que não se rendem e não deixam morrer a es­pe­rança da luta por uma al­ter­na­tiva com fu­turo» e dos que, «apesar de es­ma­gados pelo peso das di­fi­cul­dades de uma vida dura, se le­vantam e lutam», não foi o fim do com­bate – este con­tinua já no sá­bado, na ma­ni­fes­tação na­ci­onal dos jo­vens tra­ba­lha­dores, con­vo­cada pela In­ter­jovem/​CGTP-IN.

 

Por todo o País

 

De Norte a Sul do País con­ti­nuam as co­me­mo­ra­ções dos 91 anos do PCP. No do­mingo, no Couço, cen­tenas de pes­soas co­me­mo­raram o ani­ver­sário num grande al­moço. A esta grande ini­ci­a­tiva de festa e de com­ba­ti­vi­dade juntou-se Rui Fer­nandes, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral, que alertou para a ofen­siva contra os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo, face às im­po­si­ções do pacto de agressão ne­go­ciado entre PS, PSD e CDS com o FMI, EU e BCE para servir os in­te­resses do grande ca­pital.

No mesmo dia, mas na Horta, Isabel André, da Co­missão Exe­cu­tiva da Ilha do Faial, e Tiago Re­dondo, da Di­recção Re­gi­onal dos Açores, re­al­çaram im­por­tantes as­pectos da his­tória do Par­tido e da si­tu­ação po­lí­tica re­gi­onal e na­ci­onal.



Mais artigos de: PCP

PCP exige regulação de preços

Para o PCP, não há so­lução para o pro­blema do preço dos com­bus­tí­veis sem tocar nos lu­cros das em­presas pe­tro­lí­feras. Co­mu­nistas querem re­gu­lação de preços.

João Joaquim Machado

Tinha a idade do seu Partido de sempre (menos uns meses) e 70 anos de militância comunista. Morreu no dia 22, quando se travava uma importante batalha contra a exploração e as injustiças, como tantas que ele próprio travou. João Joaquim Machado –...