Cerca de 800 pes­soas ma­ni­fes­taram-se sá­bado, 8, em Uli­a­novsk, contra a pos­sível ins­ta­lação de uma base mi­litar da NATO no ae­ro­porto da­quela ci­dade russa. O pro­testo foi con­vo­cado pelo Par­tido Co­mu­nista da Fe­de­ração Russa (PCFR). Po­pu­lares mon­taram um pi­quete junto do ae­ro­porto, e cinco pes­soas estão em greve de fome em tendas mon­tadas pró­ximo do local para ma­ni­festar o seu re­púdio pela even­tual trans­for­mação da ci­dade num «centro de trân­sito» de tropas norte-ame­ri­canas, a exemplo do que su­cedeu com o ae­ro­porto in­ter­na­ci­onal quir­guiso de Manas.

Tanto o go­ver­nador da pro­víncia de Uli­a­novsk, Ser­guei Mi­ronov, como o vice-pri­meiro-mi­nistro russo Dmitri Ro­gozin negam a in­tenção de aco­lher na re­gião qual­quer base ou outro tipo de ins­ta­lação da NATO, mas as pre­o­cu­pa­ções dos co­mu­nistas russos não são in­fun­dadas. Ro­gozin ad­mite estar pre­vista a or­ga­ni­zação no local de um «ponto de trân­sito» da carga que re­gressa do Afe­ga­nistão, tanto por ar como por terra. Por seu lado, o Mi­nis­tério russo da De­fesa fez saber que as cargas che­gadas a Uli­a­novsk serão re­vis­tadas pelas au­to­ri­dades al­fan­de­gá­rias russas e negou que o «ponto de trân­sito» possa vir a ser trans­for­mado numa base mi­litar da NATO ou dos EUA.