Marcha pela manutenção da MAC
Centenas de pessoas, entre profissionais de saúde, pacientes e famílias inteiras, concentraram-se, domingo, em frente à Maternidade Alfredo da Costa (MAC) para protestar contra o encerramento, anunciado pelo Governo, da maior maternidade do País. Para hoje, quinta-feira, às 18.30 horas, está prevista uma marcha entre a MAC e o Ministério da Saúde, convocada pela Plataforma em Defesa da Maternidade Alfredo da Costa.
«Numa altura em que são impostos grandes sacrifícios aos portugueses, é inadmissível que o Governo anuncie o encerramento da maior maternidade do País e que o faça sem consultar, entre outras, as organizações representativas dos trabalhadores implicados», sustenta a Plataforma, constituída pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública Sul e Açores, pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul, pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e pela Comissão de Utentes da Saúde da Cidade de Lisboa.
Em comunicado à população, as organizações alertam ainda que o encerramento da MAC «serve os interesses de grupos privados», sendo este um «grande golpe imobiliário» e mais um passo para a «destruição do Serviço Nacional de Saúde».
O Movimento Democrático de Mulheres também manifestou a sua «preocupação» e «indignação» com esta intenção do Executivo PSD/CDS, que põe em causa «direitos essenciais no âmbito da saúde sexual e reprodutiva das mulheres» e que vai «desbaratar a excelência dos profissionais de saúde e atropelar os seus direitos ao ter a intenção de vir a desintegrar equipas médicas sem a garantia sequer da manutenção de todos os trabalhadores da MAC».