As jornadas de Maio
1962

Lutando é possível vencer

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Ao evocarmos as lutas travadas no mês de Maio de 1962, as maiores ocorridas durante o fascismo, não o fazemos apenas por dever de memória. Por mais importante que seja, e é, lembrar actos passados e os seus protagonistas.

Mais ainda do que noutros casos, evocar o imenso 1.º de Maio de 1962 e a conquista da jornada de oito horas de trabalho nos campos do Sul (acabando com o escravizante horário de sol a sol) é realçar a combatividade demonstrada pelos trabalhadores e o povo português na luta contra o fascismo quando isso podia custar, como tantas vezes custou, a liberdade e a própria vida. É afirmar que por mais difícil que seja a situação, é sempre possível resistir e lutar. E que lutando é possível vencer.

Desse Maio já longínquo, como neste em que estamos, sobressai ainda a existência em Portugal de um Partido que não se deixa derrotar e abater. Um Partido ligado às massas, que organiza e mobiliza os trabalhadores e as camadas populares para a luta que urge travar: ontem contra o fascismo e pela liberdade; hoje contra o pacto de agressão e por uma ruptura com a política de direita. Sempre com a perspectiva de construção do socialismo e do comunismo.

Ao evocarmos os combatentes de 1962 fazemo-lo certos de que o seu exemplo perdura até aos dias de hoje e que, alicerçados nele, novos combatentes se revelarão nas muitas lutas que haverá para travar.

Nas páginas centrais damos conta da sessão pública evocativa da conquista das oito horas nos campos do Sul, realizada no dia 4 em Grândola. Na página 18 evoca-se as manifestações do 1.º de Maio de 1962.



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É já depois de amanhã, no Porto, que tem lugar a primeira das duas manifestações convocadas pelo PCP para assinalar um ano de aplicação do pacto de agressão e para dar mais força à luta pela sua urgente e necessária rejeição. No dia 26 é a vez de Lisboa.

Os comunistas apelam a todos quantos não se conformam nem se resignam com o rumo do País para que participem nas manifestações e reforcem assim a luta coerente pela ruptura e pela mudança.

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Uma conquista imposta pelos trabalhadores

O PCP evocou, no dia 4, o cinquentenário da conquista pelo proletariado agrícola do Alentejo e Ribatejo da jornada de oito horas de trabalho no campo, numa sessão realizada em Grândola, onde esta luta assumiu uma grande dimensão. Para além da homenagem aos protagonistas desta vitória, os comunistas realçaram o seu exemplo para as duras lutas que, também hoje, há que travar.

A maior jornada de luta contra o fascismo

O 1.º de Maio de 1962, juntamente com as manifestações de dia 8 em Lisboa e as lutas camponesas no Sul, constituíram «uma das maiores senão a maior jornada de luta antifascista desde o advento da ditadura e a maior vitória de sempre do Partido Comunista na mobilização das massas populares para uma jornada política».