Num es­cla­re­ci­mento à po­pu­lação, os eleitos do PCP da As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Ponte de Lima alertam para o facto de «estar a ser co­zi­nhado» nos ga­bi­netes da Câ­mara Mu­ni­cipal, em con­junto com os pre­si­dentes de Junta, a ex­tinção de fre­gue­sias no con­celho.

«As po­pu­la­ções devem saber que ne­nhum órgão au­tár­quico foi eleito com o man­dato para li­quidar fre­gue­sias. Os pre­si­dentes de Junta não podem ser os “co­veiros” das suas pró­prias fre­gue­sias», sa­li­entam os co­mu­nistas, in­for­mando que a CDU apre­sentou, re­cen­te­mente, em As­sem­bleia Mu­ni­cipal, uma moção contra a ex­tinção de fre­gue­sias, que foi re­jei­tada pelos pre­si­dentes de Junta e pelos eleitos do CDS e do PSD.

«A ex­tinção de fre­gue­sias é para sa­tis­fazer a von­tade da­queles que há muito não se con­formam com o ca­rácter avan­çado, de­mo­crá­tico e pro­gres­sista do Poder Local, e de ou­tros que con­si­deram as fre­gue­sias como algo dis­pen­sável e in­có­modo», re­ferem os eleitos do PCP, fri­sando que a Câ­mara Mu­ni­cipal «não pode ser car­rasco e cúm­plice da li­qui­dação de fre­gue­sias no seu con­celho» e não «pode aceitar a chan­tagem da even­tual re­dução das fre­gue­sias a ex­tin­guir, como se de uma pro­moção co­mer­cial se tra­tasse».