Porto e Amadora

Organizar para lutar

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No pas­sado sá­bado, 140 de­le­gados par­ti­ci­param na 9.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação da Ci­dade do Porto do PCP. A abrir, Bel­miro Ma­ga­lhães, membro do Co­mité Cen­tral e res­pon­sável pela or­ga­ni­zação con­ce­lhia, re­feriu que a as­sem­bleia contou com um «amplo pro­cesso pre­pa­ra­tório com a re­a­li­zação de 15 as­sem­bleias ple­ná­rias de base que, na mai­oria dos casos, foram também as­sem­bleias de or­ga­ni­zação, ou seja, que im­pli­caram também a eleição de novos or­ga­nismos de di­recção das or­ga­ni­za­ções em questão. Todos os mi­li­tantes do Par­tido foram cha­mados a con­tri­buir com a sua opi­nião».

Ar­mindo Vi­eira, da DORP e da Di­recção da Or­ga­ni­zação da Ci­dade do Porto (DOCP), re­alçou a ne­ces­si­dade de re­forçar a or­ga­ni­zação, su­bli­nhandio o es­forço feito em ma­téria de re­ju­ve­nes­ci­mento e res­pon­sa­bi­li­zação de novos qua­dros, assim como a im­por­tância de se atri­buir mais atenção à im­prensa do Par­tido. As «mal­fei­to­rias» da gestão mu­ni­cipal da co­li­gação PSD/​CDS foram dis­se­cadas por Pedro Car­valho, ve­re­ador do PCP na Câ­mara do Porto, que de­nun­ciou a «ob­sessão pri­va­ti­za­dora dos prin­ci­pais equi­pa­mentos e ser­viços mu­ni­ci­pais». Para o au­tarca, os eleitos da CDU têm-se des­ta­cado pela ele­vada qua­li­dade e quan­ti­dade de tra­balho, sem pa­ra­lelo em mais ne­nhuma força po­lí­tica.

A luta das po­pu­la­ções e dos utentes foi sa­li­en­tada por Sara Santos, en­quanto que Do­mingos Oli­veira, membro da DORP, des­tacou o ca­rácter fun­da­mental do re­forço da in­ter­venção dos co­mu­nistas nas em­presas e lo­cais de tra­balho, bem como do mo­vi­mento sin­dical uni­tário. «Sem ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira, é di­fícil ga­ran­tirmos a in­ter­venção po­lí­tica que de­se­jamos», re­feriu Artur Ri­beiro, membro da DOCP. A re­so­lução po­lí­tica apro­vada co­loca como meta au­mentar sig­ni­fi­ca­ti­va­mente o nú­mero de mi­li­tantes a pagar quotas. Outra linha de tra­balho é pro­ceder à dis­cussão sobre o au­mento do valor das quotas tendo por re­fe­rência um por cento do ren­di­mento mensal de cada mi­li­tante.

Ana Re­gina Vi­eira, da DOCP, su­bli­nhou a im­por­tância da re­a­li­zação anual do Pas­seio das Mu­lheres CDU e Rui Sá, do Co­mité Cen­tral, re­a­firmou a ne­ces­si­dade de de­fender as fre­gue­sias do Porto e o Poder Local De­mo­crá­tico.

A en­cerrar, Jaime Toga, da Co­missão Po­lí­tica, en­qua­drou a as­sem­bleia na pre­pa­ração do XIX Con­gresso do Par­tido, re­al­çando que o «re­forço do PCP e da luta de massas, ques­tões in­trin­se­ca­mente re­la­ci­o­nadas, são o ca­minho para a trans­for­mação de Por­tugal num país mais justo e so­be­rano».

A nova di­recção eleita conta com 33 ele­mentos, nove dos quais não per­ten­ciam à an­te­rior lista. A média de idades é de 45 anos e 14 dos seus mem­bros têm menos de 40.

 

Ama­dora

 

Com o lema Por Abril, Pelo So­ci­a­lismo! Mais Força ao PCP, re­a­lizou-se a 23 de Junho a 10.ª As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia da Ama­dora do PCP, com a pre­sença de 90 de­le­gados eleitos nas vá­rias reu­niões ple­ná­rias re­a­li­zadas nas or­ga­ni­za­ções do con­celho, e de vá­rios con­vi­dados.

A as­sem­bleia aprovou o pro­jecto de re­so­lução po­lí­tica pro­posto para de­bate, onde são apon­tadas di­rec­ções de tra­balho, desde logo a ne­ces­si­dade de re­forçar a li­gação do Par­tido às massas, tendo como pri­o­ri­dade as em­presas e lo­cais de tra­balho, mas também o tra­balho dos co­mu­nistas nas au­tar­quias e no mo­vi­mento po­pular, me­lho­rando o con­tacto com as po­pu­la­ções e con­tri­buindo para elevar a luta.

Todas as in­ter­ven­ções co­lo­caram a tó­nica na ne­ces­si­dade do re­forço or­gâ­nico do Par­tido, no re­cru­ta­mento, no fun­ci­o­na­mento dos or­ga­nismos, no re­forço do tra­balho co­lec­tivo.

Foi eleita uma nova co­missão con­ce­lhia com 48 ele­mentos, entre os quais 10 novos di­ri­gentes.

Ar­mindo Mi­randa, da Co­missão Po­lí­tica, en­cerrou os tra­ba­lhos. Na sua in­ter­venção, fez uma aná­lise da si­tu­ação po­lí­tica, de­nun­ciou o pacto de agressão que PSD/​CDS e PS estão a impor aos tra­ba­lha­dores e ao povo por­tu­guês e apelou à mo­bi­li­zação para luta por uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.



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