Eurostat confirma

Desemprego mais elevado de sempre

O Eurostat divulgou, no início da semana, os dados do desemprego nos países da União Europeia, referentes ao final do mês de Agosto. Para o PCP, estes dados confirmam o «agravamento do desemprego na esmagadora maioria dos países, com a Alemanha a constituir uma das poucas excepções». Em nota do Gabinete de Imprensa de segunda-feira, o Partido realça que o desemprego atinge hoje, «em sentido restrito, na União Europeia, os 25,466 milhões de trabalhadores, dos quais 18,196 milhões desses desempregados estão em países da zona euro» e que só no último ano mais de 2,1 milhões de trabalhadores foram para o desemprego em toda a União Europeia.

Como salienta ainda o PCP, de entre os vários países da União Europeia «Portugal mantém-se entre os países com uma das mais altas taxas de desemprego», tendo sido dos países em que a taxa de desemprego mais cresceu nos últimos doze meses (de 12,7 para 15,9 por cento). Assim, e depois da Grécia e da Espanha, «é dos países em que a taxa de desemprego jovem é mais elevada, com uma taxa de 35,9 por cento».

Para o Partido, «em Portugal e na Grécia é hoje muito claro que a aplicação dos programas de assistência económica e financeira, na verdade pactos de agressão contra estes países e os seus povos, está a ter um impacto directo na aceleração do ritmo de crescimento do desemprego e em especial no desemprego jovem que atinge níveis elevadíssimos e inimagináveis há poucos anos». Tendo isto em conta, o PCP «reafirma uma vez mais a necessidade urgente de uma ruptura com estas políticas que estão a destruir todo o nosso tecido económico e a conduzir o nosso País à ruína».

Na nota, o PCP sublinha a acrescida importância que assume a Marcha Contra o Desemprego promovida pela CGTP-IN, que se inicia amanhã em Faro e em Braga e que prossegue até dia 13, terminando em Lisboa. O Partido reafirma ainda que «só com a rejeição do pacto de agressão, só com a ruptura com a política de direita, só libertando o País dos interesses do grande capital, Portugal poderá ter futuro. O País precisa de uma outra política, de uma política patriótica e de esquerda».

 

 

 

 



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