Venezuela

Processo sustentado

O co­lapso eco­nó­mico va­ti­ci­nado ao longo dos 13 anos de pre­si­dência de Hugo Chávez ba­seava-se «em de­sejos e não em evi­dên­cias», con­clui um re­la­tório ela­bo­rado pelo Centro de Pes­quisa Eco­nó­mica e Po­lí­tica (CEPR), se­diado em Washington.

De acordo com a ins­ti­tuição, a chave das po­lí­ticas eco­nó­micas e so­ciais dos go­vernos bo­li­va­ri­anos foi a na­ci­o­na­li­zação do pe­tróleo, uma vez que os pro­veitos daí re­ti­rados pelo Es­tado pas­saram a fi­nan­ciar as Mis­sões. Exemplo re­cente é o pro­grama de cons­trução de ha­bi­ta­ções, o qual, só o ano pas­sado, con­cluiu 147 mil fogos, pre­pa­rando-se para en­tregar ou­tros 200 mil até ao final de 2012.

O CEPR in­clui o FMI no lote dos pro­fetas da des­graça, en­ti­dade que, logo após o golpe de Es­tado de 2002 e a sa­bo­tagem pe­tro­lí­fera de 2002-2003 – na sequência do qual a Ve­ne­zuela na­ci­o­na­lizou a PDVSA –, via as suas pre­vi­sões go­radas por uma eco­nomia com taxas de cres­ci­mento de 16,8; 9,3 e 10,3 por cento, res­pec­ti­va­mente nos anos de 2004 a 2006.

A mesma fa­lência das es­ti­ma­tivas ve­ri­ficou-se entre 2009 e 2011, isto é, a Ve­ne­zuela re­sistiu e avançou apesar da queda do preço do pe­tróleo e da crise ca­pi­ta­lista mun­dial.

Neste con­texto, previa a 26 de Se­tembro o CEPR, «a re­cu­pe­ração da eco­nomia ve­ne­zu­e­lana, o au­mento da qua­li­dade de vida da po­pu­lação e a re­dução da po­breza, a am­pli­ação do acesso à edu­cação e à saúde» re­sul­tantes do «con­trolo da in­dús­tria do pe­tróleo, tornam muito pro­vável a re­e­leição do pre­si­dente Hugo Chávez», facto que se ve­ri­ficou a 7 de Ou­tubro úl­timo.



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