Eixos centrais de uma política alternativa

São nove os eixos cen­trais da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda de­fi­nida no Con­gresso:

a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, através de uma justa dis­tri­buição do ren­di­mento, as­sente no au­mento dos sa­lá­rios, no pleno em­prego, na de­fesa do tra­balho com di­reitos, em mai­ores re­formas e pen­sões, no com­bate ao de­sem­prego e à pre­ca­ri­e­dade, numa po­lí­tica fiscal justa e na de­fesa do sis­tema pú­blico so­li­dário e uni­versal de Se­gu­rança So­cial;

a de­fesa dos sec­tores pro­du­tivos e da pro­dução na­ci­onal, com o de­sen­vol­vi­mento de uma po­lí­tica de Es­tado em de­fesa da in­dús­tria trans­for­ma­dora e ex­trac­tiva, da agri­cul­tura e das pescas, ga­ran­tindo a so­be­rania e a se­gu­rança ali­men­tares, e a afir­mação de uma eco­nomia mista com um forte sector pú­blico, o apoio às micro, pe­quenas e mé­dias em­presas e ao sector co­o­pe­ra­tivo, me­lho­rando a pro­du­ti­vi­dade e com­pe­ti­ti­vi­dade da eco­nomia na­ci­onal;

a afir­mação da pro­pri­e­dade so­cial e do papel do Es­tado na eco­nomia com a sus­pensão das pri­va­ti­za­ções e a re­cu­pe­ração para o sector pú­blico dos sec­tores bá­sicos es­tra­té­gicos, afir­mando um Sector Em­pre­sa­rial do Es­tado forte e di­nâ­mico;

uma ad­mi­nis­tração e ser­viços pú­blicos ao ser­viço do País, com a de­fesa e re­forço do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde como ser­viço pú­blico, geral, uni­versal e gra­tuito, com ga­rantia de acesso em qua­li­dade aos cui­dados de saúde; a afir­mação da Es­cola Pú­blica, gra­tuita e de qua­li­dade; a ga­rantia de um sis­tema de Se­gu­rança So­cial Pú­blico e Uni­versal, o de­sen­vol­vi­mento Ci­en­tí­fico e Tec­no­ló­gico; a afir­mação de uma Ad­mi­nis­tração Pú­blica ao ser­viço do povo e do País;

a de­mo­cra­ti­zação e pro­moção do acesso ao des­porto, à cul­tura e à de­fesa do pa­tri­mónio cul­tural, com uma po­lí­tica que de­fenda e va­lo­rize a língua e a cul­tura por­tu­guesas, que apoie a livre cri­ação e fruição ar­tís­tica como parte in­te­grante do pro­gresso e do de­sen­vol­vi­mento do País, da ele­vação do co­nhe­ci­mento e eman­ci­pação dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês;

- a de­fesa do meio am­bi­ente, do or­de­na­mento do ter­ri­tório e a pro­moção de um efec­tivo de­sen­vol­vi­mento re­gi­onal, as­sente no apro­vei­ta­mento ra­ci­onal dos re­cursos, numa cri­te­riosa po­lí­tica de in­ves­ti­mento pú­blico e ou­tras po­lí­ticas vi­sando a con­ser­vação da Na­tu­reza, o com­bate ao des­po­vo­a­mento, à de­ser­ti­fi­cação e um maior equi­lí­brio ter­ri­to­rial e co­esão eco­nó­mica e so­cial das vá­rias re­giões, o res­peito pelo sis­tema au­to­nó­mico e pela au­to­nomia das au­tar­quias lo­cais e o re­forço da sua ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira; a cri­ação das re­giões ad­mi­nis­tra­tivas con­forme a von­tade das po­pu­la­ções;

a de­fesa do re­gime de­mo­crá­tico de Abril e o cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica, com o apro­fun­da­mento dos di­reitos, li­ber­dades e ga­ran­tias fun­da­men­tais e o re­forço da in­ter­venção dos ci­da­dãos na vida po­lí­tica; o res­peito pela se­pa­ração dos po­deres e a au­to­nomia de or­ga­ni­zação e fun­ci­o­na­mento dos par­tidos po­lí­ticos; uma jus­tiça in­de­pen­dente, de­mo­crá­tica e aces­sível a todos; uma po­lí­tica de de­fesa na­ci­onal e Forças Ar­madas ao ser­viço do País e uma po­lí­tica de se­gu­rança que de­fenda os di­reitos dos ci­da­dãos e a tran­qui­li­dade pú­blica;

a efec­tiva su­bor­di­nação do poder eco­nó­mico ao poder po­lí­tico, com o com­bate a uma es­tru­tura eco­nó­mica mo­no­po­lista, o exer­cício e as­sunção pelo Es­tado das mis­sões e fun­ções cons­ti­tu­ci­o­nais, o com­bate e pu­nição da cor­rupção, do crime eco­nó­mico e do trá­fico de in­fluên­cias, o fim dos pri­vi­lé­gios no exer­cício de altos cargos na Ad­mi­nis­tração e nas Em­presas Pú­blicas, a eli­mi­nação da cir­cu­lação entre altos cargos pú­blicos e pri­vados e da pro­mis­cui­dade de in­te­resses;

a afir­mação de um Por­tugal livre e so­be­rano e de uma Eu­ropa de paz e co­o­pe­ração, com uma nova po­lí­tica que rompa com a co­ni­vência e sub­ser­vi­ência face às po­lí­ticas da União Eu­ro­peia e da NATO, que as­se­gure a de­fesa in­tran­si­gente dos in­te­resses na­ci­o­nais; por uma Eu­ropa de co­o­pe­ração entre es­tados so­be­ranos e iguais em di­reitos, de pro­gresso so­cial e paz entre os povos, e uma po­lí­tica ex­terna ba­seada na di­ver­si­fi­cação das re­la­ções com ou­tros países.



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