A exploração laboral tornou-se na primeira causa do tráfico de pessoas, revela um estudo divulgado, dia 4, pela Organização Internacional das Migrações (OIM).

O estudo indica que 53 por cento das vítimas que passaram pelos 150 escritórios da organização foram objecto de exploração laboral. A agricultura, a construção, a indústria mineira, a pesca e os serviços domésticos são os sectores onde os trabalhadores estão mais sujeitos a condições de trabalho próximas da escravatura.

Cerca de 27 por cento das vítimas foram exploradas para fins sexuais, um terço das quais são mulheres, que em muitos casos sofreram exploração laboral e sexual.

Os principais países de destino do tráfico de seres humanos foram a Rússia, Haiti, Iémen, Tailândia e Cazaquistão, enquanto a maioria das vítimas eram provenientes da Ucrânia, Haiti, Iémen, Laos, Uzbequistão e Camboja.

A OIM estima que nos últimos 10 anos nove milhões de pessoas foram vítimas deste crime e que as redes criminosas ganham anualmente 32 mil milhões de dólares (24,6 mil milhões de euros) com este tráfico.