As co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal no con­celho de Loures ar­ran­caram este sá­bado com uma sessão re­a­li­zada na Aca­demia Re­cre­a­tiva e Mu­sical de Sa­cavém, pro­mo­vida pela Co­missão Con­ce­lhia do PCP. As duas cen­tenas de pes­soas pre­sentes as­sis­tiram ao filme «Álvaro Cu­nhal: vida, pen­sa­mento e luta: exemplo que se pro­jecta na ac­tu­a­li­dade e no fu­turo» e a uma ac­tu­ação de cante alen­te­jano, com o Coro da Liga dos Amigos da Mina de São Do­mingos, que fi­zeram questão de agra­decer o con­vite da or­ga­ni­zação local co­mu­nista, re­lem­brando o papel de Álvaro Cu­nhal na Re­forma Agrária.

A se­guir, foi a vez do actor e en­ce­nador do Te­atro In­de­pen­dente de Loures, Carlos Pa­niágua, de­clamar o poema de Pablo Ne­ruda «La Lám­para Ma­rina», com um ex­certo de­di­cado a Álvaro Cu­nhal. Es­teve ainda pa­tente no local uma ex­po­sição sobre a vida e a luta de Álvaro Cu­nhal e uma banca de li­vros com as suas prin­ci­pais obras teó­ricas e li­te­rá­rias.

Ma­nuel Ro­dri­gues, membro do Co­mité Cen­tral do PCP e da co­missão das co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário de Álvaro Cu­nhal, en­cerrou a ini­ci­a­tiva com uma in­ter­venção po­lí­tica onde re­lem­brou as pa­la­vras do his­tó­rico di­ri­gente do Par­tido, num co­mício re­a­li­zado no con­celho em Ou­tubro de 1974, no qual re­alça o papel dos tra­ba­lha­dores de Sa­cavém e do con­celho de Loures na der­rota do re­gime fas­cista e do golpe contra-re­vo­lu­ci­o­nário de 28 de Se­tembro desse ano.

No final da ini­ci­a­tiva, as duas cen­tenas de par­ti­ci­pantes can­taram «A In­ter­na­ci­onal», ao mesmo tempo que eram pro­jec­tadas fo­to­gra­fias de Álvaro Cu­nhal, re­pre­sen­ta­tivas de im­por­tantes mo­mentos da sua vida e da his­tória do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, do qual foi o mais des­ta­cado cons­trutor e di­ri­gente.