A Assembleia da República aprovou na passada sexta-feira, por unanimidade, votos de pesar do PCP, do BE, do PS e da maioria PSD/CDS-PP pela morte do presidente da República da Venezuela, Hugo Chávez. Os deputados cumpriram ainda um minuto de silêncio em memória do homem que desde 1998 ocupava a presidência da República Bolivariana da Venezuela, cargo para o qual foi reeleito por três vezes, a última das quais em Outubro do ano passado.

No texto apresentado pela bancada comunista recorda-se o «processo de profundas transformações económicas, sociais, políticas e culturais» dirigido por Hugo Chávez, processo que é também de «afirmação da independência e soberania nacional do seu país, firmemente identificado com as aspirações do seu povo».

Realçado é, por outro lado, o forte empenho por si revelado no «processo de cooperação e integração latino-americano dos últimos anos, orientado para o desenvolvimento económico e social de todo o continente».

Igualmente destacado no voto assinado por todos os deputados do PCP é o contributo de Hugo Chávez para o desenvolvimento de relações de amizade entre o povo português e o povo venezuelano e entre Portugal e a Venezuela, no «quadro de uma intervenção no plano internacional de defesa da paz e de uma nova ordem internacional mais equitativa e mais justa».

«Neste momento de dor e luto, a AR manifesta a sua confiança de que o povo venezuelano saberá defender os progressos alcançados nos últimos anos, a soberania e a legalidade constitucional da Venezuela», lê-se no voto do PCP, que deixa por fim uma palavra de «profundo pesar» pelo falecimento do presidente Hugo Chávez e endereça à família, à República Bolivariana da Venezuela e ao seu povo «as mais sentidas condolências».