Inverter o rumo de declínio em Loures

O futuro é com a CDU

Mais de 800 pes­soas par­ti­ci­param, no dia 9 de Março, no Pa­vi­lhão Paz e Ami­zade, na apre­sen­tação pú­blica de Ber­nar­dino So­ares, ca­beça de lista da CDU à Câ­mara de Loures.

É pre­ciso pôr Loures de novo no mapa

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«Esta apre­sen­tação é o ar­ranque, em força, de uma can­di­da­tura que quer virar a pá­gina neste con­celho», afirmou, no início da sua in­ter­venção, Ber­nar­dino So­ares, re­fe­rindo-se aos 12 anos de gestão PS, que «deitou para o lixo o imenso pres­tígio e qua­li­dade que esta au­tar­quia atingiu com a gestão CDU». «Can­di­da­tamo-nos no con­celho de Loures para ga­nhar a mai­oria na Câ­mara Mu­ni­cipal, a mai­oria na As­sem­bleia Mu­ni­cipal, a mai­oria nas fre­gue­sias», afirmou o can­di­dato, fri­sando que «o virar de pá­gina que que­remos que acon­teça nas pró­ximas elei­ções tem raízes fundas na marca de se­ri­e­dade, de pro­gresso e de qua­li­dade que a CDU deixou neste con­celho».

Com «os olhos postos no fu­turo», Ber­nar­dino So­ares disse ainda que «é pre­ciso pôr Loures de novo no mapa». «Este con­celho não é, não pode ser, um mero quintal-dor­mi­tório de Lisboa; tem de con­quistar uma di­nâ­mica e um es­paço pró­prios, in­se­rido na Área Me­tro­po­li­tana em que nos en­con­tramos», de­fendeu, su­bli­nhando que a «iden­ti­dade mul­ti­fa­ce­tada» do con­celho «tem de ser va­lo­ri­zada pelo mu­ni­cípio e estar pre­sente na po­lí­tica au­tár­quica».

Erros e in­com­pe­tên­cias

Sobre os úl­timos 12 anos, Ber­nar­dino So­ares acusou o PS de não ter um pro­jecto de de­sen­vol­vi­mento para o con­celho, «apenas existiu um pro­jecto de uso e con­ser­vação do poder, sem qual­quer pers­pec­tiva co­e­rente ou de fu­turo». «Agora mesmo se com­prova que a gestão do mu­ni­cípio se li­mita a tentar es­conder as con­sequên­cias dos seus erros e da sua in­com­pe­tência e a pro­meter para a frente o que não fez até agora», cri­ticou o can­di­dato, acres­cen­tando: «É uma gestão à vista, com a única pers­pec­tiva de tentar im­pedir a der­rota nas pró­ximas elei­ções au­tár­quicas».

Esta au­sência de pro­jecto, exem­pli­ficou Ber­nar­dino So­ares, está bem evi­dente no facto de há mais de dez anos se ar­rastar, com res­pon­sa­bi­li­dades prin­ci­pais da au­tar­quia, o pro­cesso de re­visão do Plano Di­rector Mu­ni­cipal (PDM), na de­gra­dação acen­tuada dos ser­viços da res­pon­sa­bi­li­dade do mu­ni­cípio e no caso dos SMAS, que «foram, até há 12 anos, uma re­fe­rência na­ci­onal na gestão da água, do sa­ne­a­mento e dos re­sí­duos». «Hoje, muitos mu­ní­cipes têm ra­zões para se queixar do ser­viço pres­tado, apesar do es­forço dos tra­ba­lha­dores dos Ser­viços, que con­trasta com os va­lores de taxas co­bradas. Há ob­vi­a­mente uma in­tenção de des­man­telar e pri­va­tizar os ser­viços mu­ni­ci­pa­li­zados, cla­ra­mente as­su­mida pelo PS de Odi­velas, mas evi­den­te­mente de­se­jada pela prá­tica de gestão do PS em Loures», de­nun­ciou.

As crí­ticas do can­di­dato da CDU, re­la­ti­va­mente aos úl­timos 12 anos de gestão do PS, es­ten­deram-se, de igual forma, à cul­tura, que foi «es­que­cida, me­no­ri­zada e tra­tada como uma ma­çada», ao des­porto, «so­bre­tudo do fo­mento da ac­ti­vi­dade des­por­tiva po­pular, de­sig­na­da­mente através das co­lec­ti­vi­dades do con­celho», à «pas­si­vi­dade pe­rante o Poder Cen­tral, em par­ti­cular com os go­vernos do mesmo par­tido, acei­tando pas­si­va­mente a re­ti­rada de im­por­tantes ser­viços pú­blicos ou a não cons­trução de ou­tros que são ne­ces­sá­rios e que tanta falta fazem às po­pu­la­ções» e ao «com­pleto de­sastre fi­nan­ceiro na au­tar­quia, quer porque geriu os re­cursos em função dos seus in­te­resses par­ti­dá­rios e elei­to­ra­listas, quer porque não soube acau­telar a sus­ten­ta­bi­li­dade das fi­nanças».


Gerir com com­pe­tência

Porque é pre­ciso in­ter­romper «esta de­sas­trosa, in­com­pe­tente e rui­nosa gestão» do PS, Ber­nar­dino So­ares in­formou que a CDU está a cons­truir «uma forte equipa de tra­balho, para gerir com com­pe­tência o mu­ni­cípio e as fre­gue­sias».

«Que­remos para o mu­ni­cípio um pro­jecto de de­sen­vol­vi­mento que seja atrac­tivo para a ac­ti­vi­dade eco­nó­mica e para a cri­ação de em­prego, em que a au­tar­quia seja um par­ceiro com que se possa contar, e que pre­serve um cor­recto or­de­na­mento do ter­ri­tório, pre­ser­vando o am­bi­ente e va­lo­ri­zando as po­pu­la­ções», su­bli­nhou o can­di­dato, que de­fendeu, entre muitas ou­tras me­didas, a in­dis­pen­sa­bi­li­dade da re­visão do PDM e a va­lo­ri­zação das ac­ti­vi­dades pro­du­tivas do con­celho, «em par­ti­cular os seus pro­dutos tra­di­ci­o­nais e de grande qua­li­dade, como é o caso do vinho de Bu­celas».

Pôr o mu­ni­cípio a pro­gredir

Esta mu­dança, que se exige e que a CDU quer con­cre­tizar, vai também ter lugar na pró­pria au­tar­quia, em pri­meiro lugar para «va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores mu­ni­ci­pais, in­cen­tivar a sua com­pe­tência e apro­veitar a sua ex­pe­ri­ência» e, de­pois, para «pôr os re­cursos da Câ­mara – os carros de re­colha de re­sí­duos pa­rados sem ma­nu­tenção, ou sem ins­pecção, os equi­pa­mentos de­gra­dados ou su­ba­pro­vei­tados – a prestar ser­viços de qua­li­dade às po­pu­la­ções». «Pôr a Câ­mara a fun­ci­onar é o pri­meiro passo para pôr o mu­ni­cípio a pro­gredir», pre­cisou o ca­beça de lista da CDU, anun­ci­ando que vai ser ainda ne­ces­sário «cla­ri­ficar qual a si­tu­ação fi­nan­ceira que vamos en­con­trar se ga­ran­tirmos a mai­oria na Câ­mara e na As­sem­bleia Mu­ni­cipal» e «fazer o sa­ne­a­mento fi­nan­ceiro da Câ­mara». «Em si­mul­tâneo, não dei­xa­remos de res­pon­sa­bi­lizar quem tiver res­pon­sa­bi­li­dades na si­tu­ação que está criada – sejam elas ad­mi­nis­tra­tivas, po­lí­ticas ou cri­mi­nais – e de in­formar a po­pu­lação desse facto», afirmou.

De­fender os SMAS

Ber­nar­dino So­ares deixou ainda um outro com­pro­misso: «Com a CDU, os SMAS não serão pri­va­ti­zados», por «todas as ra­zões co­nhe­cidas», porque a sua pri­va­ti­zação sig­ni­fi­caria «pior ser­viço e custos acres­cidos para as po­pu­la­ções» e por «pôr em pe­rigo os postos de tra­balho da­quela em­presa mu­ni­cipal», e porque «en­tregar os Ser­viços ao pri­vado seria uma me­dida le­siva para os in­te­resses do mu­ni­cípio, que fi­caria sem con­trolo da gestão, da sua qua­li­dade, que per­deria a fan­tás­tica ca­pa­ci­dade téc­nica aí exis­tente e que pa­garia mais pelo ser­viço pres­tado, cer­ta­mente tendo de as­sumir mais tarde ou mais cedo im­por­tantes in­ves­ti­mentos».


Tra­ba­lhar com e para as pes­soas

A mu­dança que a CDU quer para Loures não está só nas po­lí­ticas, está também na forma de as pôr em prá­tica. «Se­remos a força que quer go­vernar com a par­ti­ci­pação e em con­tacto per­ma­nente com a po­pu­lação, que é a ga­rantia de uma gestão de pro­xi­mi­dade e efec­ti­va­mente li­gada aos pro­blemas e às suas so­lu­ções», afirmou Ber­nar­dino So­ares, que es­pera ainda poder contar «com o in­dis­pen­sável con­tri­butos dos tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio».

«Vamos para uma ba­talha elei­toral em que as nossas prin­ci­pais armas são as nossas ideias, as nossas pro­postas, os nossos pro­jectos, a nossa se­ri­e­dade. Não fa­remos pro­messas que não possam ser cum­pridas; as­su­mi­remos o com­pro­misso de fazer o me­lhor pos­sível por este con­celho e pelos seus ha­bi­tantes», des­tacou, an­te­vendo que, do outro lado, do PS, as po­pu­la­ções e os tra­ba­lha­dores «terão muitas pro­messas, ou­tras vezes chan­ta­gens e pressão sobre os mais vul­ne­rá­veis ao poder mu­ni­cipal».



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