Mulheres com deficiência

Uma dupla discriminação

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A dupla dis­cri­mi­nação que atinge as mu­lheres com de­fi­ci­ência (dis­cri­mi­nação de gé­nero e dis­cri­mi­nação com base na de­fi­ci­ência) foi o tema de uma au­dição pro­mo­vida, dia 15 em Lisboa, pela de­pu­tada do PCP ao Par­la­mento Eu­ropeu, Inês Zuber.

No en­contro, in­tro­du­zido por João Nas­ci­mento da Di­recção Re­gi­onal de Lisboa do PCP, fi­zeram-se re­pre­sentar Sandra Mar­ques, da Fe­de­ração Na­ci­onal de Co­o­pe­ra­tivas de So­li­da­ri­e­dade So­cial (FE­NA­CERCI), Clara Belo, da As­so­ci­ação Por­tu­guesa de De­fi­ci­entes e De­o­linda Ma­chado, da Co­missão Exe­cu­tiva da CGTP-IN. Ou­tras es­tru­turas res­pon­deram à de­pu­tada en­vi­ando con­tri­bui­ções es­critas.

Das in­ter­ven­ções feitas res­saltou uma con­clusão comum: as po­lí­ticas de aus­te­ri­dade têm tido pro­fundos re­flexos ne­ga­tivos na vida das pes­soas com de­fi­ci­ên­cias, que atingem ainda mais gra­ve­mente as mu­lheres.

O re­tro­cesso das po­lí­ticas pú­blicas traduz-se no corte de apoios ao en­sino es­pe­cial, das bolsas de es­tudo para cri­anças e jo­vens com de­fi­ci­ência, no aban­dono de pro­gramas e me­didas des­ti­nadas a pro­mover a igual­dade de opor­tu­ni­dades e a com­bater a ex­clusão so­cial.

Num quadro mais geral em que o de­sem­prego atinge 17 por cento da po­pu­lação ac­tiva e a po­breza se abate sobre mais de 20 por cento dos por­tu­gueses, as pes­soas com de­fi­ci­ência en­frentam di­fi­cul­dades re­do­bradas em todos os do­mí­nios, na edu­cação, for­mação e muito par­ti­cu­lar­mente no acesso ao mer­cado de tra­balho.

A questão do di­reito ao tra­balho as­sume aqui um papel cen­tral, uma vez que na gé­nese da ex­clusão so­cial está sempre a po­breza.

To­davia, como foi lem­brado na au­dição, à se­me­lhança de ou­tras normas le­gais, também a quota de em­prego em or­ga­nismos do Es­tado para pes­soas com de­fi­ci­ência quase não é apli­cada.

Em causa estão os di­reitos fun­da­men­tais da maior mi­noria do mundo. Como re­feriu De­o­linda Ma­chado, as pes­soas com de­fi­ci­ência re­pre­sentam cerca de 15 por cento da po­pu­lação mun­dial, ou seja 785 mi­lhões de in­di­ví­duos. Em Por­tugal es­tima-se um total de 613 762 mil pes­soas com de­fi­ci­ência, das quais 290 081 são mu­lheres.



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