Agressão imperialista à Síria

CIA apoia «rebeldes»

A CIA está a fornecer toneladas de armamento aos «rebeldes» sírios, operação à qual se junta o recrutamento e treino dos grupos que promovem uma guerra responsável por dezenas de milhares de mortos.

Uma «catarata de armamento» é entregue aos grupos armados

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O tráfico terá nas monarquias árabes do Golfo e na Turquia as plataformas giratórias, e é desvendado pelo New York Times (NYT) quando os EUA elevam as críticas ao Irão e ao Iraque pela não hostilização da Síria. O jornal sustenta a investigação em dados de trânsito aéreo e informações fornecidas por agentes dos serviços secretos norte-americanos e comandantes «rebeldes», e afirma que o abastecimento clandestino ocorre desde pelo menos o início de 2012, envolvendo um mínimo de 160 voos rumo à Turquia desde então, inicialmente com partida do Qatar, e, posteriormente, também da Jordânia e da Arábia Saudita. Um especialista do Instituto de Estudos da Paz de Estocolmo calcula o total de armas e munições entregues em pelo menos 3500 toneladas.

A logística da CIA não se fica no entanto por aqui, prossegue o NYT, segundo o qual os EUA conectam os fornecedores (a Croácia também é acusada de estar entre estes) e os destinatários. Um oficial norte-americano questionado pela publicação justifica-se com a tentativa de seleccionar os receptores, mas um líder terrorista sírio garante que parte do arsenal acaba por ser transferido para grupos sobre os quais Washington mantém supostas reservas.

As mesmas fontes asseguram que o ex-director da CIA, David Patreus, acompanhou o processo até à sua demissão em Novembro passado, período a partir do qual o fluxo se tornou numa autêntica «catarata de armamento».

Dias antes do NYT, o Wall Street Journal (WSJ) revelou que a CIA opera ainda na selecção de «rebeldes» para, alegadamente, depurar as brigadas de extremistas islâmicos, tarefa para a qual contará com a colaboração de Israel e de milícias iraquianas.

A partir da Turquia, acrescenta o WSJ, os serviços secretos dos EUA, bem como os congéneres da Jordânia, Grã-Bretanha e França, fornecem treino no manejo de armas, tácticas de combate e inteligência aos recrutados.



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