Gaspar chantageia o País

Com «in­dig­nação e re­pulsa», assim re­agiu o PCP ao teor do des­pacho pu­bli­cado esta se­gunda-feira. da au­toria do mi­nistro das Fi­nanças, Vítor Gaspar.

Na prá­tica, visa «pa­ra­lisar a ad­mi­nis­tração pú­blica e os ser­viços pú­blicos do País», o mesmo é dizer pa­ra­lisar o fun­ci­o­na­mento das es­colas, hos­pi­tais, cen­tros de saúde, ser­viços de Se­gu­rança So­cial, alertou o de­pu­tado co­mu­nista Ho­nório Novo em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas no Par­la­mento.

Clas­si­fi­cando o seu con­teúdo de «ina­cei­tável» e «chan­ta­gista», con­si­derou que com este des­pacho o que o ti­tular da pasta das Fi­nanças pre­tende dizer é que a «im­pos­si­bi­li­dade de exe­cução or­ça­mental deste ano se deve ao acordão do Tri­bunal Cons­ti­tu­ci­onal».

O que é uma com­pleta fal­si­dade, por­quanto, ex­plicou, a im­pos­si­bi­li­dade de exe­cução or­ça­mental deste ano «já era há muito co­nhe­cida» e é de­vida à «in­com­pe­tência e im­pre­pa­ração po­lí­tica e téc­nica do mi­nistro e deste Go­verno», bem como às «con­sequên­cias prá­ticas do que são as po­lí­ticas do me­mo­rando da troika, que acar­retam re­cessão, de­sem­prego, e im­pos­si­bi­li­dade de cor­rigir as contas pú­blicas e de pagar a dí­vida».

Cum­prir a exe­cução or­ça­mental exige, por isso, se­gundo Hó­nório Novo, «um outro or­ça­mento, outra po­lí­tica, romper com o me­mo­rando da troika, fazer crescer o País para con­trolar de forma sus­ten­tável as contas pú­blicas e per­mitir pagar a dí­vida». E nesse sen­tido, con­cluiu, é pre­ciso que o Go­verno «uti­lize as úl­timas resmas de papel para pedir a de­missão».



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