O acto pú­blico, pre­si­dido por Ca­si­mira Alves, co­meçou com um es­pec­tá­culo mu­sical, a cargo de Luís do Vale e Val­demar Sam­paio, se­guido do vi­si­o­na­mento de um filme, pro­du­zido por João Vitor e Mi­guel Eu­sébio, dando conta do tra­balho re­a­li­zado pela CDU nos úl­timos quatro anos. À en­trada, as cen­tenas de pes­soas que ali ocor­reram foram pre­sen­te­adas com cravos, sím­bolo da Re­vo­lução de Abril.

Se­guiu-se de­pois a in­ter­venção de Mário Fer­nando Pe­reira, de novo can­di­dato à Câ­mara Mu­ni­cipal, que co­meçou por va­lo­rizar os can­di­datos da CDU, que «os al­pi­ar­censes co­nhecem, porque estão ai, na co­mu­ni­dade, na au­tar­quia, no mo­vi­mento as­so­ci­a­tivo, ser­vindo os ou­tros, cri­ando con­di­ções para que as nossas cri­anças e jo­vens se de­sen­volvam, para que os nossos idosos possam fruir o seu tempo com qua­li­dade, para que os mu­ní­cipes te­nham acesso a ser­viços fun­da­men­tais».

«Temos, em re­lação aos nossos ad­ver­sá­rios, uma grande van­tagem: é que nós, em todos os mo­mentos da nossa in­ter­venção, já de­mons­trámos que o fa­zemos muito bem; es­tamos em con­di­ções de con­ti­nuar a aper­fei­çoar este tra­balho», sa­li­entou o ac­tual pre­si­dente da au­tar­quia, que pro­meteu con­ti­nuar a tra­ba­lhar com «todos», no­me­a­da­mente com os agri­cul­tores, «de forma a va­lo­rizar os nossos pro­dutos de grande qua­li­dade» e com a po­pu­lação, na de­fesa dos ser­viços pú­blicos de pro­xi­mi­dade e da me­lhoria das con­di­ções de pres­tação de cui­dados de saúde, porque «o que está em causa são as mais es­sen­ciais con­di­ções de vida dos al­pi­ar­censes».

«Agi­remos, com todos os que a essa luta se qui­serem juntar, quer nos ór­gãos au­tár­quicos, quer em qual­quer outra ins­tância, pela de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico saído da Re­vo­lução de Abril, marca fun­da­mental da so­ci­e­dade mais livre e plu­ra­lista de­fen­dida ao longo de ge­ra­ções por muitos al­pi­ar­censes», acres­centou o can­di­dato.

Su­perar os ob­jec­tivos

Aos que agora tentam «evitar que al­guém note e aponte as res­pon­sa­bi­li­dades que têm», por exemplo, na des­truição do apa­relho pro­du­tivo e na in­ter­venção es­tran­geira do FMI e da UE, Mário Pe­reira, re­fe­rindo-se ao PS, PSD e CDS, lem­brou que a CDU «ga­rante as me­lhores con­di­ções para con­ti­nuar a gerir o mu­ni­cípio e a Fre­guesia de Al­pi­arça».

«Al­pi­arça con­se­guiu ter das mais altas taxas de exe­cução dos fundos co­mu­ni­tá­rios de entre os mu­ni­cí­pios da re­gião, con­cluindo a cons­trução de raiz de um novo Centro Es­colar e re­cu­pe­rando to­tal­mente o edi­fício da Casa dos Pa­tudos – para vá­rias dé­cadas –, do­tando-o de uma nova vida, como ele­mento cen­tral de uma po­lí­tica de de­sen­vol­vi­mento tu­rís­tico para o con­celho a ar­ti­cular com ou­tras ofertas de qua­li­dade, ao nível do pa­tri­mónio am­bi­ental e gas­tro­nó­mico, de forma a cap­tarmos a atenção do ex­te­rior e re­ce­bermos mais vi­si­tantes», va­lo­rizou o can­di­dato da CDU, sem es­quecer a re­a­li­zação de «uma grande va­ri­e­dade de ac­ti­vi­dades cul­tu­rais, des­por­tivas, so­ciais e de pro­moção da imagem do con­celho».

Apostar nas pes­soas

Para o fu­turo, o can­di­dato frisou que é pre­ciso «apostar na edu­cação das nossas cri­anças e jo­vens» e re­forçar a «in­ter­venção so­cial, no mo­mento em que cada uma das au­tar­quias é cada vez mais cha­mada a in­tervir como al­mo­fada das con­sequên­cias so­ciais da crise».

«Os nossos com­pro­missos com a nossa po­pu­lação de­verão cen­trar-se muito cla­ra­mente na pro­moção dos nossos pro­dutos, no acom­pa­nha­mento muito pró­ximo dos agentes eco­nó­micos e na cap­tação de novas em­presas e in­ves­ti­mentos que, res­pei­tando as normas vi­gentes e o am­bi­ente a pre­servar, con­tri­buam para criar em­prego e fixar os jo­vens no con­celho», su­bli­nhou, dando ainda conta da ne­ces­si­dade de «re­qua­li­fi­cação ur­bana, pú­blica e pri­vada, da vila e dos lu­gares do Ca­sa­linho, Frade de Cima, Gou­xaria e Frade de Baixo», que de­verá «ter em conta um pro­jecto de de­sen­vol­vi­mento tu­rís­tico que po­tencie a di­na­mi­zação do nosso co­mércio».

Obra feita

No Clube Des­por­tivo «Os Águias», para além de Fer­nanda Car­digo, pri­meira da lista à Junta de Fre­guesia de Al­pi­arça, foi ainda apre­sen­tado Fer­nando Louro como o ca­beça de lista à As­sem­bleia Mu­ni­cipal, que ma­ni­festou a sua con­fi­ança no pro­jecto au­tár­quico da CDU e nas pes­soas que in­te­gram esse pro­jecto. «Aqui, o im­por­tante tem de ser o co­lec­tivo, porque todos os can­di­datos sabem que a im­por­tância não está neles pró­prios, mas sim neste grupo, unido, que tem tra­balho feito, tem his­tória, tem pas­sado, tem pre­sente e tem fu­turo», afirmou Fer­nando Louro, com­pro­me­tendo-se, se o povo de Al­pi­arça o es­co­lher, a «tratar todos [os eleitos da As­sem­bleia Mu­ni­cipal] com igual­dade, com ci­vismo, com res­peito, com jus­tiça e com isenção».

Na sua in­ter­venção, o can­di­dato ma­ni­festou ainda a sua re­volta com «certo tipo de crí­ticas», no­me­a­da­mente «as di­ri­gidas ao ac­tual e fu­turo pre­si­dente da Câ­mara, Mário Fer­nando Pe­reira, que tem sido ví­tima de ata­ques co­bardes, porque anó­nimos, com imensas in­jus­tiças e men­tiras». «Eu apoio to­tal­mente a obra feita, porque en­tendo o es­forço, o con­texto e as di­fi­cul­dades», su­bli­nhou, re­fe­rindo-se à si­tu­ação fi­nan­ceira da au­tar­quia, porque «uma coisa é de­vermos di­nheiro aos bancos e ir cum­prindo com re­gu­la­ri­dade os com­pro­missos as­su­midos, outra coisa é a au­tar­quia dever di­nheiro a for­ne­ce­dores, não cum­prir com os prazos de pa­ga­mento, e assim pôr em risco a sub­sis­tência de al­gumas em­presas, muitos tra­ba­lha­dores e muitas fa­mí­lias».

«A Câ­mara Mu­ni­cipal re­solveu o pro­blema, e até con­se­guiu re­duzir o pas­sivo, apesar da as­fixia fi­nan­ceira que existiu, que se mantém, e que exige um grande rigor nas contas», pre­cisou.

Po­lí­tica para o povo

A sessão contou ainda com o tes­te­munho de José Mi­guel Car­valho, man­da­tário da can­di­da­tura, que também des­tacou o tra­balho de­sen­vol­vido nos úl­timos quatro anos pela CDU.

«Quando muitas vezes se ouve dizer mal “dos po­lí­ticos”, me­tendo tudo no mesmo saco, sa­bemos, e vemos aqui, que os que se com­pro­metem com uma po­lí­tica para o povo, com uma po­lí­tica de­mo­crá­tica e pro­gres­sista, fazem tra­balho em prol do bem comum e devem ter o nosso apoio», afirmou, di­zendo que «é essa po­lí­tica que a CDU faz e se com­pro­mete a de­sen­volver».