CDU apela à mudança em Cascais

Um concelho para todos

A CDU apre­sentou, dia 15, os seus ca­beças de lista à Câ­mara e As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Cas­cais, res­pec­ti­va­mente Cle­mente Alves e José Carlos Silva, que pro­metem in­verter o de­clínio do con­celho.

A ac­tual gestão do PSD/​CDS está es­go­tada

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«Para quem, como eu, tra­balha e vive em Cas­cais há mais de 40 anos, vendo no que se tem vindo a tornar este con­celho, torna-se do­lo­roso as­sistir ao de­clínio da sua gestão», disse, em con­fe­rência de im­prensa re­a­li­zada no Centro de Tra­balho do PCP de Cas­cais, Cle­mente Alves, que se com­pro­meteu a «in­verter a es­piral des­cen­dente em que o con­celho de Cas­cais foi co­lo­cado por dé­cadas de gestão quer do PS, quer do PSD/​CDS».

«Tal si­tu­ação está bem pa­tente na perda de re­le­vância eco­nó­mica, so­cial, cul­tural e po­lí­tica, além da perda de pres­tígio», con­ti­nuou o can­di­dato à au­tar­quia, sa­li­en­tando que a gestão CDU se «im­porá pela ino­vação e cri­a­ti­vi­dade, pelo di­na­mismo e pela forma como irá con­citar a par­ti­ci­pação dos mu­ní­cipes na dis­cussão dos pro­blemas e na de­fi­nição de so­lu­ções».

Gestão es­go­tada

Aos jor­na­listas, Cle­mente Alves disse que a ac­tual gestão do PSD/​CDS «está es­go­tada» e con­denou a «in­ca­pa­ci­dade» da au­tar­quia «para dar res­posta aos pro­blemas da po­pu­lação, cas­ti­gada com o pa­ga­mento de ele­vadas taxas e im­postos mu­ni­ci­pais e cada vez pior ser­vida nas suas ne­ces­si­dades co­lec­tivas».

«O es­tado pre­o­cu­pante da si­tu­ação fi­nan­ceira da Câ­mara, com um pas­sivo que ron­dará os 100 mi­lhões de euros, con­trasta com a co­brança aos mu­ní­cipes de taxas, ta­rifas e im­postos, con­si­de­rados dos mais altos pra­ti­cados em Por­tugal», cri­ticou, in­ter­ro­gando: «para que serve aos cas­ca­lenses pa­garem um tão alto custo pela água?»; «que ne­ces­si­dade tem Cas­cais que seja uma em­presa pri­vada, de ca­pital es­tran­geiro, a ex­plorar e a lu­crar com o for­ne­ci­mento da água?»; «como se jus­ti­fica que a Câ­mara pague a uma em­presa, a Tra­to­lixo, que par­ti­cipa e co-gere, um valor real de 58,58 euros por to­ne­lada de lixo re­co­lhido, sendo o custo mais alto do País, quando, aqui bem perto, ou­tros mu­ni­cí­pios pagam apenas 21 euros?».

«A co­brar como cobra, a Tra­to­lixo de­veria ser uma em­presa al­ta­mente ren­tável, com grandes lu­cros. Ao invés, a em­presa in­ter­mu­ni­cipal de Cas­cais, Sintra, Oeiras e Mafra en­contra-se numa si­tu­ação fi­nan­ceira de rup­tura total, com uma dí­vida que as­cende a mais de 130 mi­lhões de euros, que os quatro mu­ni­cí­pios terão que co­brir», alertou o can­di­dato da CDU, de­fen­dendo que os ser­viços de­ve­riam ser pres­tados pela Câ­mara de Cas­cais.

PSD/​CDS sem pro­jecto

As crí­ticas de Cle­mente Alves es­tendem-se ainda à rede viária, que se en­contra «pro­fun­da­mente de­gra­dada e pra­ti­ca­mente sem in­ter­venção da ad­mi­nis­tração mu­ni­cipal» e à rede de trans­portes, onde a Câ­mara de Cas­cais «de­veria in­tervir exi­gindo a ma­nu­tenção de car­reiras e de ho­rá­rios con­ve­ni­entes, bem como a prá­tica de preços so­ciais, com a ex­tensão do Passe So­cial a todo o con­celho».

Se­gundo o can­di­dato da CDU também a cul­tura, o des­porto e o as­so­ci­a­ti­vismo têm sido des­va­lo­ri­zados e re­le­gados para um «lugar fora das pri­o­ri­dades mu­ni­ci­pais». «A gestão PSD/​CDS não tem um Norte, nem um pro­jecto para o fu­turo para o con­celho e, por isso, nada faz para se opor à re­ti­rada de re­cursos ao mu­ni­cípio pelo poder cen­tral. Desta forma aceita a ex­tinção de fre­gue­sias, tor­nando-se cúm­plice deste Go­verno», acusou Cle­mente Alves.

Na con­fe­rência de im­prensa foi ainda apre­sen­tado José Carlos Silva, 52 anos, ope­rário elec­tri­cista, como o can­di­dato da CDU à As­sem­bleia Mu­ni­cipal.


 

Po­lí­tica de terra quei­mada

Re­la­ti­va­mente à eco­nomia local, Cle­mente Alves, 61 anos, as­sessor ad­mi­nis­tra­tivo, alertou para o en­cer­ra­mento «quase diário» de es­ta­be­le­ci­mentos de co­mércio e de res­tau­ração, e para a con­se­quente fa­lência de micro, pe­quenas e mé­dias em­presas, «in­ca­pazes de re­sistir à po­lí­tica de terra quei­mada le­vada a cabo pelo Go­verno e agra­vada pelas di­fi­cul­dades cri­adas pela Câ­mara através da co­brança inu­si­tada de taxas sobre taxas e do pa­ga­mento por es­ta­ci­o­na­mento em tudo quanto é es­paço pú­blico». «Assim se obriga os com­pra­dores a fugir das áreas de co­mércio tra­di­ci­onal para as grandes su­per­fí­cies», con­denou.

Sobre a Ho­te­laria e Tu­rismo, «es­tru­tu­rantes para a eco­nomia do con­celho de Cas­cais», o can­di­dato da CDU lem­brou que o sector so­freu nos úl­timos anos «sé­rios aten­tados, con­subs­tan­ci­ados na des­truição do pres­ti­giado Hotel Es­toril-Sol», a única uni­dade do con­celho que es­tava ca­pa­ci­tada para o tu­rismo pro­fis­si­onal de grandes con­gressos.

Cresce o de­sem­prego

Cle­mente Alves deu ainda conta de que o de­sem­prego no con­celho já atinge 25 por cento da po­pu­lação ac­tiva, com ten­dência para crescer se, ra­pi­da­mente, «não forem adop­tadas me­didas que pro­pi­ciem a di­na­mi­zação do co­mércio e o de­sen­vol­vi­mento da eco­nomia local, com a cap­tação de in­ves­ti­mento di­ver­si­fi­cado e com a fi­xação de em­presas pro­du­tivas no con­celho».

No se­gui­mento da sua in­ter­venção, o can­di­dato da CDU di­rigiu uma pa­lavra aos tra­ba­lha­dores do mu­ni­cípio, du­pla­mente pe­na­li­zados «por uma po­lí­tica de ataque feroz aos seus di­reitos e aos seus sa­lá­rios pelo Go­verno e pela apli­cação do me­mo­rando da troika – cons­truído e as­si­nado pelo PS, PSD e CDS» e «por uma po­lí­tica mu­ni­cipal que des­preza as suas con­di­ções de tra­balho». Neste sen­tido, deixou a ga­rantia de que a CDU «se em­pe­nhará na de­fesa dos seus postos de tra­balho e dos seus di­reitos, pro­mo­vendo o diá­logo pri­vi­le­giado com os seus ór­gãos re­pre­sen­ta­tivos».



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