Comemorações por todo o País

25 de Abril, sempre!

Um pouco por todo o País, mi­lhares de tra­ba­lha­dores, jo­vens e po­pu­lação em geral sairão à rua para co­me­morar o 39.º ani­ver­sário do 25 de Abril, porque o seu sig­ni­fi­cado pro­fundo, os seus va­lores e sig­ni­fi­cado per­ma­necem vivos e no co­ração do povo por­tu­guês.

É ur­gente e in­dis­pen­sável uma po­lí­tica di­fe­rente

As co­me­mo­ra­ções po­pu­lares do 25 de Abril vão ocorrer a partir desta noite e du­rante todo o dia de amanhã. Em fre­gue­sias, bairros e con­ce­lhos, como ha­bi­tu­al­mente, te­remos festas, cor­ridas e ca­mi­nhadas, fogo de ar­ti­fício, jan­tares, jogos po­pu­lares e des­files.

Des­taca-se as ma­ni­fes­ta­ções em Lisboa e no Porto. Na Praça Marquês de Pombal a con­cen­tração está mar­cada para as 15 horas, se­guindo o des­file até ao Rossio. A este pro­testo juntam-se, entre muitos ou­tros, a As­so­ci­ação Na­ci­onal de Sar­gentos, a As­so­ci­ação de Ofi­ciais das Forças Ar­madas e a As­so­ci­ação de Praças que se vão ma­ni­festar contra a de­gra­dação da con­dição mi­litar e o des­man­te­la­mento das Forças Ar­madas. No Porto, com início às 14 horas, junto ao Museu Mi­litar (Rua do He­roísmo), será cum­prido o tra­jecto até à Praça da Li­ber­dade.

Estas ini­ci­a­tivas são or­ga­ni­zadas pelas Co­mis­sões Pro­mo­toras das Co­me­mo­ra­ções Po­pu­lares do 25 de Abril, na qual se in­tegra a As­so­ci­ação Con­quistas da Re­vo­lução (ACR), que apela à par­ti­ci­pação de todos «numa grande, forte e unida con­fra­ter­ni­zação co­me­mo­ra­tiva que será também o pro­testo e a exi­gência da mu­dança ne­ces­sária, de um povo que não se re­signa e nunca se dei­xará vencer». «O 25 de Abril que evo­camos não pode de­fraudar as ex­pec­ta­tivas cri­adas. Não cabem nele o aban­dono e a fome nas cri­anças, o au­mento do tra­balho in­fantil, o afas­ta­mento es­colar nos vá­rios pa­ta­mares por ra­zões eco­nó­micas, o de­sem­prego e a pre­ca­ri­e­dade ga­lo­pantes que forçam par­ti­cu­lar­mente os jo­vens à emi­gração», su­blinha a ACR, que re­clama a «mu­dança, não apenas ne­ces­sária, mas ina­diável». «É ur­gente e in­dis­pen­sável uma po­lí­tica di­fe­rente que dê res­posta aos graves pro­blemas na­ci­o­nais», de­fende a As­so­ci­ação.

Por seu lado, a CGTP-IN editou um do­cu­mento, onde dá conta do que foi o «antes» e o «de­pois» do 25 de Abril. «Quem fez o 25 de Abril, com co­ragem e sa­cri­fí­cios pes­soais e fa­mi­li­ares, fê-lo para que fi­lhos e netos vi­vessem me­lhor, numa so­ci­e­dade mais justa, menos de­si­gual, com li­ber­dade de opor­tu­ni­dades para todos e di­reitos que de tão usu­fruídos não se ques­ti­o­nasse a origem», re­fere a In­ter­sin­dical.


 

Em Abril lutar por Maio

A Sul, no âm­bito das co­me­mo­ra­ções do 39.º ani­ver­sário 25 de Abril, a União dos Sin­di­catos do Al­garve/​CGTP-IN, a CIVIS, o Con­gresso De­mo­crá­tico das Al­ter­na­tivas, a In­ter­jovem, o «Que se Lixe a Troika», o Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres, o Mo­vi­mento dos Tra­ba­lha­dores De­sem­pre­gados, e os sin­di­catos do Co­mércio, das Au­tar­quias Lo­cais, da Ho­te­laria e da In­dús­tria Trans­for­ma­dora vão re­a­lizar hoje, às 22 horas, no Largo de S. Pedro, em Faro, uma ini­ci­a­tiva cul­tural, sob o lema «Vamos Cantar a Grân­dola Vila Mo­rena, Pela De­missão do Go­verno, Para Cum­prir Abril».

Esta ini­ci­a­tiva, se­gundo os seus pro­mo­tores, tem como ob­jec­tivo alertar para as con­quistas do 25 de Abril que hoje se en­con­tram ame­a­çadas «por uma po­lí­tica que está a atirar cen­tenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores para o de­sem­prego, para a emi­gração, para a po­breza e ex­clusão so­cial, que está a des­truir o te­cido eco­nó­mico e pro­du­tivo na­ci­onal e a negar os di­reitos so­ciais dos por­tu­gueses, num ca­minho de de­sastre e de ruína para o País. Por isso, mais do que nunca im­porta re­a­firmar os va­lores de Abril e a re­jeição por esta po­lí­tica».

Em Lisboa, a Co­missão para as Co­me­mo­ra­ções Po­pu­lares do 25 de Abril da Zona Ori­ental de Lisboa pro­move, hoje, na Praça Paiva Cou­ceiro, um outro mo­mento cul­tural, a partir das 20 horas e que en­cer­rará, às 23.55 horas, com a Grân­dola Vila Mo­rena.

Por seu lado, a Fun­dação José Sa­ra­mago, que também par­ti­ci­pará na ma­ni­fes­tação de Lisboa, terá en­trada livre hoje. No in­te­rior da Casa dos Bicos, ouvir-se-á o disco «O Dia 25 de Abril – Diário da Re­vo­lução – 1974 e can­ções li­gadas ao 25 de Abril», e os vi­si­tantes serão con­vi­dados a deixar uma men­sagem sobre o 25 de Abril num painel co­lo­cado para o efeito no Au­di­tório da Casa dos Bicos (4.º andar). _

Mais a Norte, da Ar­cada de Braga, no dia 25, às 16 horas, sairá uma ma­ni­fes­tação or­ga­ni­zada pela União de Sin­di­catos de Braga.


 

Can­ções do 25 de Abril

A As­so­ci­ação Lopes Graça vai apre­sentar, sexta-feira, em Al­mada, às 21.30 horas, no Fórum Mu­ni­cipal Romeu Cor­reia, o CD «Can­ções 25 de Abril – 13 Can­ções He­róicas». Este tra­balho conta com a voz de Ce­leste Amorim, en­tre­tanto de­sa­pa­re­cida, acom­pa­nhada ao piano por Ma­da­lena Sá Pessoa.



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