CDU reclama outra política

CDU reclama outra política

A CDU de­fende me­didas de fundo que ga­rantam o acesso à edu­cação, à cul­tura, ao des­porto, à par­ti­ci­pação na vida po­lí­tica e so­cial e a uma in­fância e ju­ven­tude dignas como di­reitos ina­li­e­ná­veis dos jo­vens.

É fun­da­mental a cri­ação de um Centro de Apoio Fa­mi­liar

Uma de­le­gação da CDU, cons­ti­tuída por Mi­guel Jeri (mé­dico), Ju­liana Silva (edu­ca­dora de in­fância) e Re­nata Costa (ju­rista), reuniu, este mês, com a Co­missão de Pro­tecção de Cri­anças e Jo­vens (CPCJ), re­pre­sen­tada pelo seu pre­si­dente, João Du­arte.

Du­rante a reu­nião foram ex­postos vá­rios pro­blemas com os quais a CPCJ é con­fron­tada, como o au­mento de pro­cessos abertos: 135 em 2011, 162 em 2012, o que sig­ni­fica um cres­ci­mento de 20 por cento, muito su­pe­rior à média na­ci­onal (1,6 por cento) e con­tra­ri­ando mesmo a ten­dência do dis­trito (menos 1,7 por cento). Só no pri­meiro se­mestre de 2013 foram abertos 113 pro­cessos, o que cor­res­ponde a 70 por cento dos pro­cessos abertos em 2012, o que pre­facia um nú­mero muito su­pe­rior no cor­rente ano. Re­gista-se ainda a re­a­ber­tura de 22 pro­cessos.

A si­na­li­zação tardia é outro dos pro­blemas en­fren­tados, de­pa­rando-se esta Co­missão com 51 casos si­na­li­zados neste se­mestre, re­la­ti­va­mente a jo­vens com mais de 15 anos (45 por cento do total). Esta faixa etária tornou-se pro­ble­má­tica pelo facto da CPCJ só poder in­tervir até aos 18 anos, tendo um acom­pa­nha­mento curto e in­con­for­mado.

A CPCJ de­para-se ainda com pro­blemas a nível da ine­xis­tência de res­postas so­ciais que con­sigam tra­ba­lhar as pro­ble­má­ticas da fa­mília, com téc­nicos es­pe­ci­a­li­zados como psi­có­logos, so­ció­logos, etc.

«É fun­da­mental a cri­ação de um Centro de Apoio Fa­mi­liar e Acon­se­lha­mento Pa­rental (CAFAP), onde se possa in­tervir no con­texto fa­mi­liar e ajudar as fa­mí­lias a po­ten­ci­a­lizar os re­cursos ne­ces­sá­rios à ma­nu­tenção das cri­anças e jo­vens nos seus agre­gados de origem. A cri­ação do CLDS (Con­trato Local de De­sen­vol­vi­mento So­cial) em Vá­lega é po­si­tiva mas in­su­fi­ci­ente, pelo seu ca­rácter tem­po­rário, que não dará res­posta du­ra­doura e con­fi­ante para estes casos que ne­ces­sitam de um acom­pa­nha­mento es­pe­ci­a­li­zado e es­miu­çado até à sua re­so­lução», re­fere a CDU.
Outra pro­ble­má­tica com que esta Co­missão é con­fron­tada é a falta de res­postas so­ciais de pri­meira linha, des­ta­cando-se a falta de es­paços de ocu­pação dos tempos li­vres no pe­ríodo de fé­rias, ha­vendo cri­anças e jo­vens em risco que per­ma­necem de­sam­pa­rados neste pe­ríodo.

Pontos de con­ver­gência

Na reu­nião foi ainda pos­sível en­con­trar di­versos pontos de con­ver­gência, des­ta­cando-se a im­por­tância da par­ti­ci­pação dos jo­vens nas de­ci­sões que lhes con­cernem, seja no âm­bito da CPCJ, seja na par­ti­ci­pação destes nos mo­vi­mentos as­so­ci­a­tivos, cul­tu­rais e des­por­tivos.

A CDU acom­panha e subs­creve a par­ti­ci­pação dos jo­vens nas mais va­ri­adas es­feras da so­ci­e­dade, en­ca­rando a ju­ven­tude como su­jeito ac­tivo, cons­trutor e de­fensor do seu fu­turo e nunca como um su­jeito pas­sivo, re­sig­nado às con­di­ções que lhes cas­tram esse mesmo fu­turo.
«Os nú­meros alar­mantes de pro­cessos com que se de­para a CPCJ não podem ser des­li­gados da vi­o­lência da crise eco­nó­mica e so­cial que des­trói o País e que tem tido im­pactos bru­tais sobre as fa­mí­lias, e em es­pe­cial sobre os seus elos mais fracos – as cri­anças e jo­vens», pros­segue a co­li­gação, acres­cen­tando: «Os fe­nó­menos de po­breza e ex­clusão so­cial que atingem as cri­anças no con­celho não serão alheios ao de­sem­prego ga­lo­pante que atinge mi­lhares de fa­mí­lias; à pre­ca­ri­e­dade la­boral; ao au­mento geral do custo de vida; à de­gra­dação da Es­cola Pú­blica, à cres­cente di­fi­cul­dade de acesso aos ser­viços de saúde, ao aban­dono das fun­ções so­ciais do Es­tado, re­sul­tado de dé­cadas de go­vernos de di­reita e acen­tu­adas como nunca no ac­tual Go­verno PSD/​CDS».




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