Grécia detém chefes nazis

As au­to­ri­dades gregas pren­deram, no sá­bado, 28, o líder do par­tido ne­o­nazi «Au­rora Dou­rada», Nikos Mi­cha­lo­li­akos, e ou­tros quatro de­pu­tados desta for­mação de ex­trema-di­reita.

No dia se­guinte, um outro de­pu­tado contra o qual pendia igual­mente um man­dado de cap­tura emi­tido pelo Tri­bunal Su­premo, en­tregou-se à po­lícia de Atenas tendo per­ma­ne­cido sob de­tenção.

Ao todo foram já de­tidos 21 mem­bros da «Au­rora Dou­rada», sus­peitos de per­ten­cerem a uma or­ga­ni­zação cri­mi­nosa. A pro­cu­ra­doria im­puta-lhes a par­ti­ci­pação e di­recção de vá­rios crimes, no­me­a­da­mente o as­sas­sínio do mú­sico de 34 anos, Pa­vlos Fyssas, dia 18 de Se­tembro, bem como ou­tros ata­ques vi­o­lentos contra imi­grantes, de que re­sultou pelo menos uma morte, e contra mi­li­tantes co­mu­nistas e ac­ti­vistas sin­di­cais.

A aber­tura da in­ves­ti­gação contra 33 mem­bros do par­tido levou também à de­missão de dois altos res­pon­sá­veis da po­lícia e à sus­pensão de duas de­zenas de ofi­ciais, por sus­peita de co­la­bo­ração com a or­ga­ni­zação nazi.

Ainda no sá­bado, uma as­so­ci­ação de mi­li­tares re­ser­vistas das forças es­pe­ciais (KEED) foi im­pe­dida re­a­lizar uma ma­ni­fes­tação em Atenas, com o ob­jec­tivo de exigir a de­missão ime­diata do go­verno. A KEED exige a ex­pulsão de todos os imi­grantes, a anu­lação dos acordos com a troika e a cri­ação de «tri­bu­nais es­pe­ciais» para julgar os res­pon­sá­veis pela crise.




Mais artigos de: Europa

Britânicos saem à rua

Mais de 50 mil pes­soas, se­gundo es­ti­ma­tivas da po­lícia, des­fi­laram, no do­mingo, 29, no centro de Man­chester, contra os cortes nos ser­viços pú­blicos e a pri­va­ti­zação do ser­viço na­ci­onal de saúde.

Áustria mantém coligação

Os austríacos voltaram a dar a vitória aos sociais-democratas (SPO), nas legislativas de domingo, 29, que obtiveram 27,1 por cento, seguidos dos democratas-cristãos (OVP), com 23,8 por cento. Apesar da sua erosão eleitoral (em 2009, estes partidos obtiveram 29,3% e 26%, respectivamente), o...

Picasso e o pintor da construção civil

Portugal, 1997. O governo de turno, à época PS/Guterres, justificava as políticas e os «sacrifícios» então impostos ao povo como necessários à concretização do célebre e redentor desígnio nacional: a...