Em defesa dos serviços públicos

Britânicos saem à rua

Mais de 50 mil pes­soas, se­gundo es­ti­ma­tivas da po­lícia, des­fi­laram, no do­mingo, 29, no centro de Man­chester, contra os cortes nos ser­viços pú­blicos e a pri­va­ti­zação do ser­viço na­ci­onal de saúde.

Sin­di­catos dão voz à in­dig­nação

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A ma­ni­fes­tação, pro­mo­vida pelo Con­gresso de Sin­di­catos (TUC), coin­cidiu com a aber­tura da con­fe­rência anual do Par­tido Con­ser­vador, no poder, cujas po­lí­ticas de cortes e de pri­va­ti­zação estão res­tringir o acesso dos bri­tâ­nicos a ser­viços es­sen­ciais.

De­pois de passar pelo centro, o enorme des­file (des­crito pela po­lícia como um dos mai­ores ja­mais re­a­li­zados na­quela ci­dade in­glesa) ter­minou num parque em que mú­sicos e di­ri­gentes sin­di­cais con­de­naram a po­lí­tica de aus­te­ri­dade, os cortes so­ciais e a des­truição do ser­viço na­ci­onal de saúde (SNS).

Frances O'­Grady, se­cre­tário-geral do TUC, frisou que «o SNS atra­vessa a mais grave crise da sua his­tória», de­vido ao avanço das pri­va­ti­za­ções e à re­dução dos or­ça­mentos.

«Com­pa­nhias como a Circle He­alth­care, que deu 1,4 mi­lhões de li­bras ao Par­tido Con­ser­vador, estão a ser re­com­pen­sadas com mi­lhares de mi­lhões de im­postos para man­terem em fun­ci­o­na­mento ser­viços es­sen­ciais».

O'­Grady re­velou ainda que, «só nos úl­timos três meses, 21 mil tra­ba­lha­dores do SNS per­deram os seus em­pregos, e os en­fer­meiros, mé­dicos e ou­tros pro­fis­si­o­nais da saúde que restam sentem que nin­guém os ouve, sendo-lhe pe­dido para fa­zerem mais com menos». O di­ri­gente lançou ainda uma men­sagem à con­fe­rência dos con­ser­va­dores: «O nosso SNS não está à venda. Não dei­xa­remos que o go­verno des­trua o que de­morou ge­ra­ções a ser cons­truído».




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