Bernardino Soares reclama um futuro melhor para o concelho

Pôr Loures a andar para a frente

O Pavilhão Paz e Amizade acolheu no dia 22 de Outubro a cerimónia de tomada de posse dos autarcas eleitos para a Câmara e Assembleia Municipal de Loures. Na iniciativa, que contou com a presença de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, Bernardino Soares prometeu «cumprir a mudança» pedida pela população.

«Teremos de garantir uma situação financeira regular»

«O nosso mandato é o concretizar uma vontade de mudança que foi expressa eleitoralmente e é reforçada todos os dias por muitos que, não tendo votado sequer ou tendo votado noutras forças políticas, nos afirmam e até nos exigem essa mudança real na condução dos destinos do concelho. Frustrar essa mudança seria defraudar um anseio generalizado que se sente em todo o concelho e que está claramente muito para além dos que deram o seu voto à actual maioria. E nós vamos cumprir essa mudança», salientou Bernardino Soares.

O novo presidente da Câmara de Loures dirigiu, de seguida, uma saudação especial aos trabalhadores do município – da Câmara, dos Serviços Municipalizados, da GesLoures e da Loures Parque. «Não há nenhuma gestão autárquica que possa ter sucesso se não contar com o empenho dos trabalhadores do município», afirmou, prometendo que o novo executivo, da CDU, será «uma administração que respeita os direitos dos trabalhadores e os defende perante seja quem for, incluindo perante o Governo».

À população, Bernardino Soares falou da «enorme responsabilidade» que recai sobre a Câmara e sobre o seu presidente, agora empossados, de gerir «um município com mais de 205 mil habitantes e mais de 2600 trabalhadores», de «o fazer numa situação económica e social muito difícil», de «resolver os graves problemas financeiros, estruturais e de funcionamento dos serviços que aqui se encontram» e, sobretudo, de «responder positivamente aos que em nós confiaram, aos muitos milhares que olham para nós com esperança num futuro melhor».

«Sabemos que não conseguiremos fazer tudo o que é necessário às populações, fustigados de todos os lados por uma política que agrava as suas necessidades e as suas carências. Mas não há outra solução para isso que não seja gerir bem os recursos, aplicá-los de forma correcta e falar sempre com as populações, seja para explicar o que se faz, seja para explicar por que não se faz», garantiu.

Definir prioridades

Para fazer face às necessidades, «teremos de garantir uma situação financeira regular e que nos permita ter a capacidade de prever as disponibilidades futuras, elemento indispensável para definir investimentos e prioridades da política municipal». Nesse sentido, adiantou o eleito do PCP, será feita uma auditoria à gestão e à situação financeira da autarquia, através dos recursos próprios de que a Câmara dispõe, para que seja rapidamente possível ter um ponto de situação. «Será um trabalho cujas conclusões têm de ser divulgadas à população para que todos os munícipes tenham acesso a esta informação fundamental sobre a autarquia», realçou Bernardino Soares.


Mais investimentos para Loures

Às muitas centenas que estiveram no Pavilhão Amizade e Paz, Bernardino Soares prometeu desenvolver todos os esforços para minimizar o principal problema do concelho: o desemprego.

«Desenvolveremos uma política de forte iniciativa na procura de oportunidades e investimentos para o concelho, em parceria com as empresas e os agentes locais e tirando partido das enormes potencialidades do nosso território e das nossas gentes. Só assim teremos mais emprego, mais riqueza e uma vida melhor», afirmou, destacando a importância do comércio local, «em estreita ligação com a redinamização dos núcleos urbanos tradicionais, o que envolverá uma acção concertada envolvendo as actividades económicas, o urbanismo e também a cultura, o desporto e o turismo».

Por outro lado, acrescentou, «precisamos que não desaparecem os serviços públicos fundamentais», como aconteceu na segunda-feira seguinte às eleições, tendo o Ministério da Saúde encerrado o centro de saúde da Bobadela, sem que o comunicasse às autarquias, «o que constitui um brutal desrespeito do Governo pelos representantes das populações».

Nesta área, os SMAS de Loures exigem uma intervenção «prioritária» e «enérgica». «Trata-se de serviços municipalizados com um enorme capital técnico e humano, mesmo se atravessando uma fase de degradação nos últimos anos, e que constituem a trave mestra da prestação de serviços essenciais à população», descreveu o novo presidente da Câmara, frisando ser «indispensável trabalhar para evitar a privatização de toda e qualquer parte dos SMAS, usando para isso todos os meios políticos e jurídicos ao nosso alcance».

 



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